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Conquistar novos públicos

Trabalhar os públicos mais novos para que tragam os mais velhos aos museus. É esta a estratégia da Divisão Municipal de Património e Museus da Câmara de Vila Franca de Xira que quer conquistar novos públicos para os espaços culturais do concelho. “Continuamos com uma faixa etária que muitas das vezes não visita museus. Entre os 30 e os 40 anos e é isso que nós tentamos contrariar”, analisa a chefe de divisão dos museus, Graça Nunes.O público infanto-juvenil está estabilizado, tal como os idosos. “São públicos muito fáceis de atingir e que vêm muitas vezes às actividades dirigidas”, constata. A autarquia tem investido na animação de fim-de-semana no Núcleo de Arte Sacra contrariando a tendência que existe do afastamento dos museus. “As pessoas andam nas suas ocupações e os horários podem não facilitar muito, mas no Núcleo Museológico de Alverca fizemos um esforço e vamos ter um horário diferente”, exemplifica.Um dos entraves à conquista de mais público é a globalização e as exposições da moda que levam famílias inteiras a Lisboa mesmo com preços elevados. Mais do que levar grupos organizados ao museu o grande desafio é levar pessoas a visitar os espaços culturais a título individual. Apesar das dificuldades só em 2006 os museus do concelho receberam 35 mil visitas e nos primeiros nove meses de 2007 o número já atingia os 30 mil. “Se compararmos com números de museus nacionais temos públicos suficientes. Só que nós não nos consideramos satisfeitos. Temos que captar sempre outro tipo de públicos. Levar as pessoas a visitar o museu individualmente. Isso ainda não se incutiu nos hábitos culturais”. Os meios de comunicação funcionam como formas de divulgação, mas Graça Nunes considera fundamental a divulgação personalizada. “O passa palavra surte outro tipo de efeito”, afirma.As exposições trabalham com suporte digital, mas Graça Nunes está convicta de que o apelo não se fará só dessa forma. “Há dois anos tivemos uma exposição sobre o 25 de Abril com muitos visitantes. Por vezes estamos tão inundados de novas tecnologias que só isso já não é suficiente”.Na estratégia global de atracção de públicos os invisuais não foram esquecidos. No Museu do Mártir Santo existe um folheto em Braille e no Núcleo sede do Museu Municipal de Vila Franca de Xira pode fazer-se uma visita guiada sonora com aparelhos áudio portáteis e tocar nas réplicas elaboradas pelo ceramista do espaço.

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