Cafetaria, livraria, auditório para 100 pessoas e exposições. Variadas. Como os 100 mil objectos que integram o Museu do Neo-Realismo. São espólios literários de escritores, como Manuel da Fonseca e Soeiro Pereira Gomes, bibliotecas gerais e particulares. Arquivos de imprensa, gráficos e fotográficos. Obras de artes plásticas e espólios editoriais do “Diabo”, “Vértice” e “Cosmos”.O espólio do museu enriquece de dia para dia. Com a inauguração do museu são formalizadas as doações de mais três espólios: do escritor Orlando da Costa (Lisboa), do ensaísta Mário Sacramento (Aveiro) e parte do espólio de Alves Redol. Estão em agenda mais cerimónias com vista a enriquecer os conteúdos museológicos.A diversidade da programação, sempre relacionada com o neo-realismo, tornará o museu um espaço cultural apelativo. Três concertos da Antena 2 em directo na recepção. “As pessoas vão passar na rua e vão perceber que está acontecer ali um concerto em directo de música erudita”, garante o director do museu, David Santos.A arquitectura do espaço, assinada por Alcino Soutinho, é apelativa, mas David Santos não se melindra com as críticas prematuras ao espaço. “Quando a população visitar o museu compreenderá a sua estética. É um museu que tem muita luz. O museu é envidraçado. Tem longas paredes brancas que protegem a área expositiva, mas é um princípio museológico. É museu que preserva os espólios, sabe proteger as exposições, mas que ao mesmo tempo sabe comunicar com o exterior e sabe estar disponível para as pessoas”. A entrada para a livraria e cafetaria é feita pela porta principal do museu. É uma forma de levar as pessoas a entrar no museu. “As pessoas vão tomar o museu como local de partilha cultural e social. E não um museu onde trabalham apenas alguns técnicos e investigadores”, afirma o director. As entradas são gratuitas. O museu funcionará até às 19h00. Aberto aos sábados e domingos. Encerrado aos feriados e segundas-feiras.