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Um Olé à festa brava na Casa-Museu Mário Coelho

Meio milhar de peças do melhor bandarilheiro do mundo

O museu proporciona uma viagem pelas memórias de meio século de actividade taurina de um dos melhores toureiros de sempre.

Uma estatueta conquistada com o melhor par de bandarilhas na temporada de 1982 na cidade do México é para o matador de toiros Mário Coelho uma das peças mais importantes do conjunto de meio milhar de elementos que integram a casa museu com o seu nome, situada na travessa do Alecrim, em Vila Franca de Xira. O Prémio Domecq distinguiu o melhor bandarilheiro do mundo numa competição que envolveu dezenas de diestros e mais de 1200 bandarilhas. As distinções expostas no espaço de dois pisos, ajudam a perceber a força e a grandeza de uma das maiores figuras de sempre. O maestro, com 71 anos e mais de meio século de actividade taurina, acompanha-nos nesta visita às memórias guardadas na casa onde nasceu e que acolhe provisoriamente o seu acervo desde Setembro de 2001. Nestes seis anos, já aqui passaram oito mil visitantes. Alguns repetiram as visitas várias vezes porque é impossível absorver tanta informação numa única passagem. Duas cabeças de toiros memoráveis para o matador, alguns dos trajes de “luces”, bordados a ouros, que usou nas principais arenas do mundo, a “montera” (chapéu do toureiro) utilizada na despedida e dezenas de troféus, forram as paredes do espaço onde se respira um ambiente taurino.A mais alta distinção do Comendador Mário Coelho-o colar atribuído pelo Presidente da República Jorge Sampaio em Junho de 2005- está numa vitrina central, onde se destacam outras peças.Medalhas de mérito de várias cidades, incluindo a sua Vila Franca, estão ao lado de uma medalha do Campeonato do Mundo de Futebol no México. A distinção foi atribuída pelo presidente da federação mexicana depois do matador ter triunfado na feira taurina da capital.A popularidade de Mário Coelho abriu-lhe muitas portas e permitiu que conquistasse admiradores em vários pontos do mundo e de vários extractos sociais. Uma medalha em ouro com a imagem de uma santa foi-lhe oferecida junto à porta grande da Monumental de Barcelona por um jovem invisual que seguia atentamente todas as suas faenas. “Ele descrevia todos os pormenores como se tivesse visto”, recorda o toureiro que colocou a medalha no mesmo expositor onde tem um anel de ouro oferecido pela mãe, as pulseiras de ouro oferecidas pelo seu pai e pela fadista Amália Rodrigues e um relógio Rolex que foi uma oferta do presidente da Venezuela Carlos Andez Peres.Neste espólio valioso, vemos também um relógio em ouro oferecido pelo escritor Henri Charriére, o famoso “Papillon”, e duas peças em ouro que o actor Orson Wells fez questão de ofertar ao matador vila-franquense como testemunho da sua admiração pela sua arte. As actrizes Ava Gardner e Deborah Kerr também elogiaram as faenas do diestro que faz gosto em ter expostas as ofertas feitas pelas divas do cinema.

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