Moita Flores dá vivas ao Governo por sede da futura região de turismo ficar em Santarém
Secretário de Estado Jorge Lacão garantiu que a decisão está tomada
O presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), lançou um inédito e sonoro “viva” ao Governo do Partido Socialista durante o almoço do Dia do Ribatejo no Festival de Gastronomia de Santarém. A efusiva exclamação do autarca foi feita após o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Jorge Lacão, ter garantido que a sede da futura região de turismo que vai abarcar o Ribatejo e Oeste vai ficar em Santarém.Antes, Moita Flores tinha dito num discurso recheado de ironia que se fosse necessário punha-se “de joelhos” perante o Governo para que a sede da futura região de turismo ficasse na capital de distrito. “O sul do distrito vale tanto como o norte do distrito e Santarém precisa que não se esqueçam dela”, afirmou o autarca dirigindo-se à mesa onde estavam os secretários de Estado Jorge Lacão e Idália Moniz, ambos com ligações ao Ribatejo.Moita Flores conseguiu mesmo arrancar algumas gargalhadas aos governantes e muitos aplausos dos convidados que se encontravam no salão da Casa do Campino quando disse acreditar que “não temos um governo que actue de má fé” face a Santarém, “mas que é muito distraído lá isso é”. E o autarca lembrou que essas “distracções” já levaram a que Santarém perdesse a Escola Prática de Cavalaria e, em breve, o presídio. Por isso garantiu que iria resistir à tentativa de a região de turismo sair da cidade, nem que tenha de se “pôr de joelhos” para que “o nosso iluminado Governo” ignore a “negociata política” e lhe faça a vontade. Jorge Lacão livrou o autarca das prometidas genuflexões. Discursando logo de seguida afirmou que não precisava de ver os joelhos de Moita Flores em sangue pois a decisão já está tomada e Santarém será a capital da futura região de turismo.Se isso se concretizar, Moita Flores deixou uma promessa recheada de ironia que custou a engolir aos governantes presentes, a julgar pelos semblantes sisudos: “Nós ficaremos muito gratos e receberemos sempre os membros do Governo com grandes apoteoses e sem assobios. E nesse dia não estará a GNR nem a PSP porque estaremos todos a aplaudir”.
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