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Cristina Branco com Zeca Afonso e sem guitarra portuguesa

Cristina Branco com Zeca Afonso e sem guitarra portuguesa

CD Abril gravado na sequência dos espectáculos de Fevereiro no S. Luíz em Lisboa
O mais recente CD de Cristina Branco chama-se Abril e está à venda desde segunda-feira. Tem duas particularidades. É o primeiro trabalho discográfico da cantora sem acompanhamento de guitarra portuguesa e é composto apenas por canções de José Afonso.Nos 16 temas do álbum Cristina Branco é acompanhada pelos músicos que estiveram com ela nos espectáculos de homenagem a José Afonso, em Fevereiro deste ano no Jardim de Inverno do Teatro S. Luíz em Lisboa, Ricardo Dias nos teclados, Bernardo Moreira no contrabaixo, Alexandre Frazão na bateria, Mário Delgado nas guitarras e João Moreira no trompete.A cantora de Almeirim recusa ter tentado reinventar Zeca Afonso. “Não há intenção de abrir nenhum ângulo novo. Muito pelo contrário. É apenas pegar no Zeca da forma mais simples e relembrá-lo. Nós todos (não fui só eu que tive este sentimento) não tivemos qualquer intenção de recriar ou inventar qualquer coisa de novo à volta do reportório do Zeca, mas sim recordar o significado que ele teve na nossa geração e na minha própria interpretação e na de cada um dos músicos, como nós juntámos os nossos universos e o interpretamos. Se alguma recriação aconteceu é porque cada um daqueles músicos é muito grande sobre a sua própria música. Eu sou, no fundo, o fio condutor, quem está mais próximo da interpretação do Zeca”, diz em entrevista ao semanário Expresso.Cristina Branco confessa que a sua separação musical do guitarrista Custódio Castelo ainda hoje lhe faz confusão porque estava habituada à sonoridade que ele conseguia extrair do instrumento e anuncia o próximo disco a sair em 2009. “(…) São doze poemas e doze compositores, todos portugueses. A intenção — e alguns deles já estão a trabalhar — é que sejam os cantautores a compor: o Jorge Palma, o Vitorino, o Janita (que fez apenas música para um poema fantástico da Hélia Correia), o Sérgio Godinho, o Fausto (ainda terei de falar com ele, se calhar estou a antecipar demais algumas coisas...), o Pedro Abrunhosa... E depois tenho dois poemas do Júlio Pomar que gostava que fossem musicados pelo António Vitorino de Almeida, a letra para um tango do Vasco Graça Moura, dois poemas do Manuel Alegre escritos propositadamente para este disco... e ainda deverão surgir outros nomes, como o João Paulo Esteves da Silva, o Ricardo Dias e a Amélia Muge. O tema central será o tempo — o álbum chamar-se-á Cronos —, no seu sentido mais lato. Eu parto sempre do título dos álbuns para a concepção, o único onde isso não aconteceu foi, justamente, neste sobre o José Afonso”.
Cristina Branco com Zeca Afonso e sem guitarra portuguesa

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