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Jus ao nome

O Dr. Remédios era um prestigiado médico timorense.Faleceu de modo impressionante.Encontrava-se ao volante do seu automóvel e sentiu-se muito mal. Imobilizou a viatura, sem ter tempo de a encostar à berma. Um amigo dele passava por ali e abordou-o.O Dr. Remédios explicou o que se passava e fez o diagnóstico do mal que o afectara. Anunciou que iria morrer e já não teria tempo de ser salvo.Assim foi.Tendo sido conduzido ao hospital, já nada pôde valer ao clínico.Até no estertor, ele manteve as suas qualidades e soube autodiagnosticar-se.Também com aquele apelido não era de estranhar que fosse bom médico…O Dr. João Cura, clínico de Aveiro, possui um apelido igualmente adequado à profissão.Em Loulé, existe uma advogada de apelido Justo. Parece apropriado.Há uma loja de animais em Cascais, que pertence a um indivíduo de nome Armando Pinto.Em Amarante, a D. Rosa Teixeira escolheu uma actividade que condiz com o seu nome. É florista.Um comerciante de Coimbra, de seu nome António Pereira, dedica-se à venda de fruta.Em Vila do Conde, uma carpintaria tem à frente uma senhora, o que não é usual. Mas o mais curioso é que ela se chama Ana Serra.O Senhor António Santos, de Ourém, dedica-se à comercialização de artigos religiosos.No Porto, um engenheiro civil tem um nome mesmo indicado para a sua profissão. É o Senhor Engenheiro Mário Ponte.A antiga presidente da Câmara de Felgueiras deve-se ter apercebido das vantagens de ter um nome a condizer. Daí que seja conhecida por Fátima Felgueiras, embora este seja um nome do meio e não o seu último apelido.Em Guimarães, há o Dr. Luís Guimarães, dentista, e o Dr. Paulo Guimarães, advogado.O Dr. Daniel Braga, médico, e o Dr. Vítor Braga, advogado, têm domicílio em Braga.Com o casamento, os apelidos podem mudar.Qualquer um dos cônjuges pode adoptar o apelido do outro.A lei não é clara e tem gerado alguma controvérsia.É muito frequente a mulher adoptar o apelido do marido. No entanto, por vezes, também ele adopta o apelido da mulher. Ora isto conduz a que fiquem com nomes distintos.Por exemplo, enquanto solteiros, ela chamava-se Ana Costa e ele João Pimenta. Depois do matrimónio, a senhora fica Ana Costa Pimenta e ele João Pimenta Costa.Isto não faz sentido, mas acontece.O razoável é um deles intercalar o apelido do outro, por forma a ficarem com um apelido de família comum. Ela passa a chamar-se Ana Costa Pimenta e ele João Costa Pimenta. Ou então ficam os dois com o apelido Pimenta Costa.Todavia, a prática tem permitido que a lei seja aplicada à letra e conduza àquele resultado insólito.* Juiz (hjfraguas@hotmail.com)

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