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Investimento previsto pelo Governo para a região reflecte tempo de vacas magras

Investimento previsto pelo Governo para a região reflecte tempo de vacas magras

Há cinco concelhos do distrito de Santarém que nem sequer surgem na proposta de PIDDAC para 2008

O Museu Nacional Ferroviário, o programa Polis e a esquadra da PSP de Tomar e o posto da GNR de Alcanena são dos poucos projectos que têm verbas significativas inscritas.

O Governo não perspectiva grandes investimentos para o distrito de Santarém em 2008, pelo menos a julgar pela proposta do Plano de Investimentos e Despesas para o Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) que integra o Orçamento de Estado que é discutido esta semana. As verbas previstas concelho a concelho são paupérrimas e apenas Tomar supera a fasquia do milhão de euros - mais propriamente 2.451.139 euros muito graças ao programa Polis, que absorve 1,3 milhões e à verba prevista para a nova esquadra da PSP dotada com 423 mil euros.No outro prato da balança estão os concelhos de Almeirim, Constância, Coruche, Mação e Sardoal que nem aparecem na lista. E outros há que com a verba que lhes está destinada também não podem aspirar a grandes cometimentos. Casos de Alpiarça (11.307 euros), Benavente (21 mil euros), Ferreira do Zêzere (4.988 euros), Golegã (14.093 euros), Rio Maior (5.368 euros), Salvaterra de Magos (25.459 euros) e Ourém (6.220 euros). E mesmo a Chamusca, com 80 mil euros, e Torres Novas, com 90 mil, não têm grandes razões para sorrir. Santarém fica-se por uns escassos 132 mil euros que na sua maior parte são para o Centro de Formação Profissional (97 mil euros). O programa Polis da capital de distrito tem mil euros inscritos. Da mediania escapa o Entroncamento, destacando-se da verba de 621 mil euros os 570 mil euros para o Museu Nacional Ferroviário que finalmente parece entrar nos carris. Mas convém não levar estes números demasiado a sério. Para 2007 estavam inscritos 250 mil euros para a ampliação do Centro de Saúde do Entroncamento e para 2008 aparecem apenas 50 mil. E de obras nada até à data (ver página 9 desta edição).Abrantes tem contemplados 833.690 euros para investimentos no tribunal e no parque escolar, entre outros. Alcanena conta com 350 mil euros destinados ao há muito ambicionado novo posto da GNR. Cartaxo tem 200 mil euros para remodelação do Tribunal Judicial. Vila Nova da Barquinha regista 738 mil euros, quase na totalidade destinado à Escola Prática de Engenharia para implementação do sistema militar de apoio ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil e autarquias locais.Investimento sempre em queda nos últimos anosAo todo está previsto um investimento de 48,4 milhões de euros no distrito de Santarém através do PIDDAC. Pouco, muito pouco, se comparado com anos anteriores. O ano passado o montante previsto era de 93 milhões de euros. Em 2006 de 150 milhões. A grande fatia desse bolo previsto para 2008 (42,8 milhões) está adstrita a projectos ou programas supramunicipais que integram a rubrica “Vários concelhos do distrito de Santarém”. E aparentemente os agricultores e produtores florestais são dos poucos que têm razão para esfregar as mãos de contentes. Há, por exemplo, 6,1 milhões inscritos para “desenvolvimento sustentável das florestas”, 6,4 milhões para “gestão sustentável do espaço rural”, 4,3 milhões para “agricultura e desenvolvimento rural” e 2,5 milhões para “modernização, reconversão, e diversificação de explorações agrícolas”.Ainda nesse capítulo há 1,9 milhões de euros para o plano de luta contra as salmoneloses e 1,2 milhões para “prevenção e restabelecimento do potencial de produção agrícola”. O programa de luta contra o nemátodo do pinheiro tem 2,8 milhões para o distrito de Santarém. Muito menor (270 mil euros) é a verba destinada à recuperação e reparação de diques.
Investimento previsto pelo Governo para a região reflecte tempo de vacas magras

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