O PCP considera que o distrito de Santarém não escapa ao "incipiente crescimento económico, ao aumento das desigualdades sociais e assimetrias regionais" do país, sendo "muito visíveis as graves consequências sociais das políticas do actual Governo" na região. Num encontro destinado a discutir questões económicas e sociais do distrito de Santarém, o responsável da Direcção da Organização Regional (DORSA), Octávio Augusto, afirmou que o desemprego - mais de 14.000 desempregados no distrito - e a precariedade são "duas realidades em crescimento" na região.Como exemplos apontou um grupo corticeiro em Coruche que, em 500 postos de trabalho, 300 são precários, e as empresas que estão "em risco de encerrar por acumularem dívidas do Estado e de algumas autarquias" ou ainda o "escandaloso" caso da MDF, cujos trabalhadores aguardam indemnizações "há mais de 20 anos".Assegurando que, no distrito, os valores das reformas, pensões e salários estão "abaixo da média nacional", Octávio Augusto denunciou ainda a "ofensiva" contra os serviços públicos, assegurando que há na região 50.000 utentes sem médico de família. Para o dirigente da DORSA, o Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central para 2008 é uma "prova do desinvestimento" no distrito, deixando para a próxima semana a divulgação das propostas do PCP.