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Miguel Relvas aconselha partido a concentrar-se na economia e nas Estradas de Portugal

O deputado do PSD Miguel Relvas aconselhou o partido a concentrar-se na situação económica do País e nas decisões do Governo sobre a Estradas de Portugal, em vez de "desviar as atenções com fait-divers de retórica parlamentar". "Os últimos dados sobre a situação económica e a decisão do Governo sobre a Estradas de Portugal - ambos conhecidos nos últimos dias - são os dois grandes casos da política nacional. É neles que o PSD se deve concentrar e não deixar desviar as atenções com 'fait-divers' de retórica parlamentar", defende Miguel Relvas.Quinta-feira, em declarações à Lusa, Miguel Relvas, que foi afastado da presidência da Comissão parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, depois de Santana Lopes ter assumido a liderança da bancada, desafiou a oposição, incluindo o PSD, a trazer o contrato de concessão da Estradas de Portugal para o Parlamento e para a sociedade, argumentando que se trata de "uma questão de cidadania".Instado a comentar este desafio à saída de uma reunião do grupo parlamentar do PSD, o líder da bancada, Pedro Santana Lopes recordou que, entre os sociais-democratas, o dossiê da Estradas de Portugal esteve entregue a Miguel Relvas nos últimos anos. "Deve haver algum erro porque, nos dois últimos anos, quem tinha esse dossiê era ele", afirmou Santana Lopes, recordando que a questão da Estradas de Portugal "não começou agora". "Se tivesse falado quem de direito, não teríamos agora esta derrapagem" naquela empresa, acrescentou.Sábado, Miguel Relvas reiterou o desafio ao PSD para se concentrar no caso da Estradas de Portugal, considerando que o partido não deve desviar a sua atenção com "fait-divers de retórica parlamentar". "O tacticismo deve dar lugar àquilo que é realmente importante e essencial e que marca a diferença entre o PSD e o PS", salienta o ex-presidente da comissão parlamentar de Obras Públicas.Miguel Relvas reitera ainda a ideia de que "o dossiê da Estradas de Portugal é “uma irresponsabilidade", das "maiores" que já viu. "Ou é um truque grosseiro de desorçamentação ou é uma manobra encapotada de uma futura privatização, sem regras claras e sem uma entidade reguladora para salvaguardar o interesse público. Ou as duas coisas", considera o deputado social-democrata.Em qualquer caso, acrescenta ainda Miguel Relvas, "o interesse nacional pode sair profundamente afectado", devendo "o PSD liderar a contestação a esta manobra do Governo", tal como o partido já fez "com sucesso" no "combate à Ota". O deputado do PSD eleito por Santarém defende ainda que, já que a questão da Estradas de Portugal não foi o tema que o partido elegeu como o mais forte no início do debate do Orçamento de Estado para 2008, isso deve ser agora rectificado."A minha proposta é que no fim do debate do Orçamento, nos próximos dias, em plenário, o PSD confronte o primeiro-ministro com a irresponsabilidade desta manobra, opondo-se à decisão e apresentando a sua própria ideia alternativa para o futuro da Estradas de Portugal", preconiza Miguel Relvas, insistindo que "estas é que são as questões estruturantes". Tudo o resto faz parte da política do faz de conta", acrescenta ainda.

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