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“Pior PIDDAC das últimas décadas” criticado por deputados do PSD

Parlamentares eleitos por Santarém acusam Governo de ter esquecido região
O distrito de Santarém está no fundo da tabela do investimento público previsto para 2008 pelo Governo através do Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC). Com menos que os 48,4 milhões de euros estimados para Santarém, apenas os distritos de Portalegre (45,3 milhões), Bragança (45,1) e Viana do Castelo (27,9). Um quadro que leva os deputados do PSD eleitos pelo distrito a acusar o Governo socialista de terem “esquecido” a região. “É um PIDDAC que nos envergonha”, dizem.O deputado e líder distrital do PSD Vasco Cunha apresentou várias tabelas e gráficos comparativos para elucidar os jornalistas que este é “o pior PIDDAC de que há memória”, com um corte de 102 milhões de euros em relação a 2006. Na conferência de imprensa realizada segunda-feira, onde esteve também o deputado Miguel Relvas, foi ainda realçado que o distrito de Santarém é o segundo que mais perde no PIDDAC no contexto nacional, menos 38,5 por cento de verbas inscritas face a 2007, apenas atrás de Aveiro (menos 50,1 por cento).Acusando o Governo de estar a desinvestir em Santarém em detrimento de outros distritos, Vasco Cunha desafiou a distrital do PS a pronunciar-se sobre a situação, criticando o seu silêncio. No cenário negro pintado pelos social-democratas, foi sublinhado que cinco municípios do distrito não têm qualquer verba contemplada (Almeirim, Constância, Coruche, Mação e Sardoal). E ao todo são 11 os municípios com menos de 26 mil euros previstos para investimento do Estado. Como exemplo negativo salientaram o caso de Ourém, o segundo maior em população, que recebe menos de 10 cêntimos por habitante.Os deputados “laranja” temem que pela amostra do PIDDAC fiquem adiados projectos considerados essenciais e que até já chegaram a estar contemplados em PIDDAC em anos anteriores. Casos do Tribunal de Ourém, do sistema de despoluição da bacia do Alviela, ampliação do Centro de Saúde do Entroncamento (com apenas 50 mil euros) ou a residência e cantina da Escola Superior e Desporto de Rio Maior. As esquadras da PSP de Entroncamento e Cartaxo voltam a não ter verbas, tal como o novo centro de saúde de Santarém. O Polis para a capital de distrito tem apenas 5 mil euros de dotação. Embora estejam previstas obras de vulto ao abrigo desse programa, como a requalificação do Campo Sá da Bandeira e do Jardim da República. E para a consolidação das muralhas e barreiras da cidade também não há qualquer verba inscrita.Miguel Relvas lamentou que os investimentos do Ministério das Obras Públicas não constem do PIDDAC (como anteriormente sucedia), o que não permite descortinar as intenções do Governo nessa área e, no seu entender, é “mais um adicional para a falta de transparência do processo da Estradas de Portugal”. Também não há menção a nenhum projecto da Segurança Social nem nenhuma informação sobre os investimentos que se prevêem realizar nos hospitais do Centro Hospitalar do Médio Tejo e de Santarém.Para 2008, o distrito de Santarém tem apenas inscritas em PIDDAC verbas no valor de 48,4 milhões de euros, contra os 92,9 milhões de 2007, os 150 milhões de 2006 e os 233 milhões de 2005.

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