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Presidentes de junta da CDU solidários com Luísa Mesquita

Presidentes de junta da CDU solidários com Luísa Mesquita

Autarcas pedem reanálise do processo que levou à retirada da confiança política

Seis dos sete autarcas da CDU consideraram que não foram tidos em conta os interesses do concelho e do distrito.

Seis dos sete presidentes de junta de freguesia eleitos pela Coligação Democrática Unitária (CDU) no concelho de Santarém “apelam ao bom senso, ao diálogo e à reanálise de todo o processo” que levou à retirada da confiança política à deputada e vereadora comunista Luísa Mesquita por parte da direcção nacional e regional do PCP. Em comunicado, Carlos Beja (Moçarria), José Viegas (Pernes), José Madeira (Póvoa da Isenta), Fernando Rodrigues (Ribeira de Santarém), Manuel Cordeiro (Vale de Figueira) e Firmino Oliveira (Vaqueiros) consideram que os comunistas “decidiram sem terem em conta os interesses colectivos do distrito em geral e do concelho em particular”. Refira-se que o Partido Comunista é o grande pilar da coligação CDU que agrega ainda “Os Verdes” e a Intervenção Democrática.Nesse texto, os autarcas manifestam a sua solidariedade para com a vereadora e deputada comunista, lamentam não ter sido ouvidos em todo o processo e garantem que vão continuar a reunir com a vereadora até final do mandato. Declaram ainda que “o trabalho, a honestidade e a competência, sempre presentes na defesa dos interesses e na resolução dos problemas das populações, é mais que suficiente para continuar a trabalhar com a vereadora”. O único presidente de junta da CDU que não subscreveu o comunicado foi Vítor Alves, presidente da freguesia de Almoster que integra a Direcção Regional de Organização de Santarém (DORSA) do PCP – estrutura que tem em mãos o processo que pode redundar na expulsão de Luísa Mesquita do partido. Em declarações a O MIRANTE, publicadas na edição de 1 de Novembro passado, Vítor Alves afirmou “Luísa Mesquita violou princípios importantes do partido”. E considerou que a militante comunista violou regras estatutárias bem claras e que são impostas a todos os candidatos da CDU, sejam militantes ou não do PCP: “A titularidade dos cargos não é pertença dos próprios mas sim do partido por que foram eleitos”.Já os restantes presidentes de junta da CDU afirmam apoiar Luísa Mesquita “não por amizade ou paixão mas por acreditarem nas suas afirmações relativamente aos compromissos do Partido para com ela quando da elaboração das listas”. Luísa Mesquita tem alegado que o PCP lhe garantiu que o mandato de deputada seria para cumprir até ao fim e por isso rejeitou ser substituída do grupo parlamentar em nome da renovação que a direcção do PCP quer implementar. O partido sustenta por sua vez que todos os candidatos estabeleceram o compromisso de colocar o cargo à disposição do partido se para tal fossem solicitados.
Presidentes de junta da CDU solidários com Luísa Mesquita

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