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Jorge Silva Melo fala sobre Neo-Realismo

O convidado da última sessão de Encontros e Desencontros com o Neo-realismo foi o encenador, ensaísta e actor Jorge Silva Melo. Durante cerca de duas horas o director da sociedade artística Artistas Unidos falou para as cerca de três dezenas de espectadores presentes no auditório sobre vários escritores neo-realistas, nomedamente Alves Redol e Mário Dionísio. Jorge Silva Melo recordou os tempos em que foi aluno de Mário Dionísio no Liceu Francês, em Lisboa. “Aprendi muito com ele que dizia que não existem dogmas formais no movimento neo-realista. A primeira parte do neo-realismo é uma reinvenção de novas formas”.O encenador explicou que os poetas neo-realistas da década de 40, ao quererem escrever da forma mais simples, descobriram que o jornalismo é uma fonte literária. A forma de escrever uma grande reportagem é, talvez, uma maneira de reinventar o romance.Jorge Silva Melo falou ainda sobre teatro e a forma como os poetas neo-rea-listas ignoraram esta arte à excepção de Alves Redol. “Redol tentou fazer teatro escrevendo uma peça 'estranha' onde tentou conciliar realismo e neo-realismo. Redol tentou 'apanhar' para a sua peça a tradição anarquista', explica. E acrescenta que ninguém, naquela altura, se interessou por teatro porque este era considerado uma forma passada.“Século Passado” é o título do mais recente livro publicado por Jorge Silva Melo que reúne a maioria das suas crónicas publicadas em jornais assim como outros textos de intervenção. Publicado em Junho, o livro está a ser um sucesso editorial estando esgotado na maioria das livrarias portuguesas. No final da sua intervenção autografou alguns exemplares levados por leitores e pessoas que o admiram.

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