A paixão pelos automóveis clássicos e pelos Minis em particular – Nobre da Veiga é proprietário de 16 modelos do carro, todos os que saíram para o mercado desde a sua criação - levou Luís Nobre da Veiga a participar com o Mini vermelho com pouco mais de 100 cavalos de potência. À semelhança da época anterior o carro foi preparado por Nuno Afoito, que também é piloto de clássicos de velocidade. Menos competitivo que o ano anterior sem o seu principal adversário, Nobre da Veiga ganhou sete corridas das oito provas de duas mangas do campeonato. Com o Mini Cooper, apesar de distante da força do Healey com 250 cavalos, conseguiu por o boquinhas a dar os 200 quilómetros/hora no final da recta do autódromo Estoril.“É um carro muito engraçado, ágil nas curvas e que perde apenas cinco segundos para o Healey na recta do Estoril, que é um carro mais áspero”, recorda. Com este último participou e venceu a categoria no circuito citadino da Boavista, Porto, além de ter gostado de correr em Vila Real.Para 2007-2008, Nobre da Veiga está a analisar diversos cenários. Uma opção que o estimularia seria a participação no campeonato europeu de clássicos H65 que compõe cinco corridas – Le Mans, Nurburring, Spa, Silverstone e possivelmente Vila Real ou Portimão, entre cerca de 60 concorrentes por corrida. “Para isso são necessários patrocínios fortes que estou a negociar. Tem de ficar tudo resolvido até final de Janeiro”, adianta.Outra hipótese é a participação na velocidade de clássicos, mas apenas passando para a categoria de Históricos 71. Com a respectiva mudança de pneus, carburadores e outras que são permitidas. Só a época que finda custou cerca de 50 mil euros. A outra opção é a participação no campeonato de clássicos de ralis e numa outra corrida marcante de velocidade.Nuno Afoito é preparadorde clássicos e piloto de PernesLuís Nobre da Veiga atribui muito do seu sucesso à forma impecável como os carros têm sido preparados por Nuno Afoito. O piloto de Pernes que participa no troféu Históricos 71, onde esta época se classificou no quarto lugar, é responsável pelo carro, logística e apoio em corrida. A mulher, Patrícia, trata de toda a burocracia. No que respeita às suas corridas, depois do título de vencedor do troféu na época passada, Nuno Afoito apenas conseguiu vencer uma corrida com o Mini Cooper S. De resto somou acidentes, entre os quais um “capotanço”, e dois abandonos por problemas mecânicos. “Curiosamente a única vitória foi num circuito marcante como o da Boavista. E mesmo com tanto azar fiquei em quarto lugar no campeonato”, analisa.Para Nuno Afoito, 37 anos, a vida de gestor e empresário está cada vez mais à parte e dá privilégio à preparação de carros clássicos e à condução. Aguarda pela resposta a propostas de patrocínio para voltar a atacar nova época e lutar pelos títulos.