O Bloco de Esquerda discorda da criação da chamada Zona Logística do Médio Tejo, prevista para os concelhos de Torres Novas e Alcanena. Os bloquistas consideram que aquela região é periférica em relação a todo o Médio Tejo e, por isso, defendem que seja criado um Parque de Negócios numa zona central, na fronteira entre os concelhos de Vila Nova da Barquinha e Tomar, “no coração geográfico do Médio Tejo”. A proposta “intermunicipal” foi defendida durante uma conferência de imprensa realizada em Tomar na última segunda-feira.Carlos Trincão e Carlos Matias, um de Tomar e outro do Entroncamento, afirmam que os seus argumentos são os que mais beneficiam a sub-região. A centralidade dos dois municípios escolhidos traz maiores vantagens para todos os concelhos que integram a comunidade urbana. “O que é que o Sardoal tem a ganhar com uma zona logística no outro extremo?”, pergunta Carlos Matias. Os dirigentes do BE acrescentam que a localização do “seu” parque de negócios traria outros benefícios para todo o Médio Tejo, como a garantia de criação de empregos para a população local, em vez de se poder estar a beneficiar a economia de outras sub-regiões mais próximas da zona logística proposta. O aproveitamento do “cruzamento das várias rotas ferroviárias (Entroncamento) e rodoviárias (A23 e IC3)” e a proximidade do Instituto Politécnico de Tomar são, na opinião dos bloquistas, também são uma mais valia que “deve ser aproveitada”.