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A arte de tornar as flores ainda mais bonitas

A arte de tornar as flores ainda mais bonitas

Filipa Raimundo dedica-se à arte floral e prima pela originalidade

As tendências deste ano a nível de decoração floral estão viradas para o contraste entre preto e branco, que a artesã aprecia apesar de também gostar de usar cores quentes.

As flores são o material de trabalho de Filipa Raimundo. O seu espaço no Cartaxo, chamado Companhia das Flores, é onde trabalha as plantas com vários materiais criando arranjos originais de várias utilidades. Começou por brincadeira com uma colega na sua cidade Natal, Rio Maior. “A minha colega tinha uma agência funerária, nós andávamos a estudar juntas e nos intervalos das aulas aproveitávamos para ir fazendo alguma coisa”, conta. Foi nascendo assim o gosto pelos trabalhos manuais, que sempre fez como passatempo, em especial pela arte floral. Em 1999 decidiu abrir um estabelecimento no Cartaxo. Não quis ficar em Rio Maior porque não achou bem fazer concorrência à sua amiga, pois considera o trabalho que ambas fazem muito semelhante. Encontrou uma sócia no Cartaxo e desde aí que se desloca diariamente à capital do vinho para exercer a sua arte. “Este trabalho dá-me muito gozo porque é muito criativo e podemos criar várias coisas e mexer com diversos materiais”, explica. Filipa Raimundo recorre essencialmente a materiais como a ráfia e a casca de palmeira. “Isto funciona muito por tendências, depende das modas”, explica.Actualmente Filipa faz muitos trabalhos para casamentos, desde convites, bouquês, decoração da igreja, baptizados, revistas de publicidade e decorações de espaços. Esta última vertente é a sua preferida. “Um dos meus possíveis objectivos é dedicar-me inteiramente a decoração de espaços. Dá mais gozo ver o trabalho final. Não me imagino a fazer outra coisa mas sim de forma diferente”, confessa. Apesar de existir bastante oferta no ramo, Filipa acredita que há mercado para todos. Cada estabelecimento vai tendo o seu próprio público, defende. “Quem me procura está à espera de trabalhos mais fora do habitual”, exemplifica. As tendências deste ano a nível de decoração floral estão viradas para o contraste entre preto e branco, que a artesã aprecia apesar de também gostar de usar cores quentes. A nível de flores, a sua preferência vai para as rosas.Os trabalhos manuais ainda vão tendo bastante procura, especialmente em épocas como a de Natal. Apesar de também vender flores naturais, Filipa não faz muitas vendas a molho. Mesmo as flores naturais que vende são trabalhadas, têm sempre um arranjo, um toque especial. Os maiores trabalhos que faz são habitualmente para igrejas e recorda também um trabalho de decoração de uma escola de homeopatia em que teve que recorrer a todas as plantas usadas naquela medicina. A arte floral é um trabalho minucioso, mas que não costuma ter grandes prejuízos quando acontece algum azar. “Normalmente quando há algum acidente é fácil de substituir sem interferir com todo do arranjo. Basta substituir o material partido”, considera.A imaginação é imprescindível para estes trabalhos e Filipa tem para dar e vender. Os clientes por vezes também chegam com ideias pré-definidas e nesses casos Filipa dá a sua opinião e tenta chegar a um consenso. Além disso, gosta de tirar ideias de revistas e de colegas de exposições onde marca presença e com as quais troca ideias. “Costumo fazer algumas exposições e gosto de falar com as outras pessoas, é giro ver que as tendências mudam ao longo do país. No Norte pode usar-se mais um material que cá está fora de moda e vice-versa.”Filipa Raimundo, começou há pouco a dedicar-se aos apliques de cabelo para noivas. Uma ideia que surgiu por brincadeira e cujos resultados já estão expostos na loja. São coroas feitas em arame com apliques florais que tem um resultado bastante original.
A arte de tornar as flores ainda mais bonitas

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