Este casal foi vítima de uma armadilha que há anos está criada na EN 242 entre Famalicão e Nazaré. Mortes recentemente nesta estrada, contabilizo pelo menos sete. Se chove ou cai orvalho, a estrada fica tão escorregadia como um ringue de patinagem.  É ver os carros todos partidos uns contra os outros, pelas valetas e contra árvores e muros.É uma tragédia e ninguém faz nada. Sei isso porque moro próximo.Só para se ter uma ideia, um dia ou dois antes, quando vieram as primeiras chuvas, numa só manhã  e num troço de não mais de três quilómetros, registaram-se quatro acidentes, quase todos por despiste. O que se passa,  é na verdade e tão só  um problema com o asfalto. Quando a estrada  foi asfaltada, foi utilizada um tipo de pedra branca muito rija na massa e com o circular dos carros, o alcatrão foi saindo e as pedrinhas (brita) ficaram salientes. Com os pneus dos carros foram ficando polidas e agora estão mais vidradas que o próprio vidro. Basta ficarem um  pouco molhadas para a tragédia acontecer.Eu se fosse familiar do casal que faleceu aqui, não tenho dúvidas de que pediria contas ao Estado por permitir que uma Estrada Nacional esteja num estado destes,  e invocaria como prova,  todos os acidentes que foram registados ali nos últimos anos. Jorge Rosário – Famalicão, Nazaré