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Sérgio Fernandes o homem das estatísticas e principal obreiro do Vitória

“Tenho digitalizados todos os dados dos jogos efectuados desde há doze anos”
Sérgio Fernandes, é como o clube, ainda um jovem, apenas 23 anos. Está ligado umbilicalmente à formação do Vitória de Santarém. Mesmo durante os anos em que a “luta” era travada unicamente entre os jovens das ruas Salgueiro Maia e Florbela Espanca, fazia religiosamente, em computador, as estatísticas de todos os jogos.Estatísticas que, na hora de oficializar o Vitória de Santarém, serviram para entusiasmar e juntar os amigos jovens das duas ruas. “Tenho estatísticas de mais de quinhentos jogos. Enquanto jogava ia também memorizando quem marcava, quem jogava melhor e hoje sei quem marcou mais golos e quem jogou melhor ou pior em determinado jogo”, diz.Sérgio Fernandes sempre sonhou em ser jornalista, daí a sua curiosidade em fazer estatísticas e em fazer resumos dos jogos, e de outras situações passadas no Bairro do Bexiga, onde vive. “Estou a acabar o curso de jornalista, é uma profissão em que gostava de singrar”, diz o jovem dirigente e jogador do Vitória.Ao longo destes anos todos, cerca de treze, Sérgio Fernandes garante que os jogos disputados no “picadeiro” eram de “aranhão e tampa”. “Não raras vezes acabavam em conflito, na hora do jogo o sangue na guelra dava para a discussão. Discussão que depois prosseguia no bom sentido, no café frente a um pequeno lanche ou a um café”, garante.A troca de camisolas entre atletas de uma rua e da outra era também motivo para aquecer a luta e atiçar rivalidades. “Quando um jogador da rua de cima, era aliciado, e se mudava para a rua de baixo, e vice-versa, era complicado, durante algum tempo, era olhado como um traidor”.Outra situação complicada era quando pretendiam jogar no campo da Escola Agrária, onde Sérgio Fernandes era um grande entusiasta. “Cheguei a ir para o campo de madrugada para ganhar lugar, porque quando chegavam os mais velhos, já não tínhamos campo livre para jogar”.Já aí Sérgio Fernandes era o principal organizador, era ele que andava de porta em porta a avisar os companheiros de equipa e os adversários que no fim-de-semana havia jogo. “Posso dizer que foi daí que nasceu o entusiasmo em formar o Vitória Clube de Santarém. Clube onde hoje continuo como jogador e director, e a que sempre estarei ligado”, garantiu.

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