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Aquecimento…fatal

Ontem, choquei com um senhor que vinha a sair de uma dependência bancária esbaforido. Ele pediu-me desculpa e avisou-me: “Não entre aí. Está um calor que não se pode”. Não ignorei o aviso mas entrei porque tinha um assunto a tratar. Ao fim de três minutos estava a transpirar da cabeça aos pés. Tirei o casaco e só não tirei a camisola e a camisa por vergonha. Quando cheguei à rua, 20 minutos depois senti bem a diferença de temperatura. Lá dentro estariam 22 graus. No exterior uns 10. À noite estava a ben-urons e chá quente com um monte de lenços de papel à minha volta.O que me aconteceu no banco já me tinha acontecido em diversas lojas. Numa loja de roupa cheguei a fazer como o senhor com quem choquei. Pus-me em fuga quando já estava na fila para pagar a roupa. Deixei lá tudo em cima do expositor das peúgas e abalei. Estava a ficar mal-disposto com o calor.Na maior parte do comércio e serviços o ar condicionado está regulado para permitir aos funcionários trabalharem em mangas de camisa. Entrem em qualquer lado e vejam se tenho ou não razão. Nas lojas de roupa as meninas andam de camisolinhas de meia manga. Nos bancos os funcionários trabalham em mangas de camisa. Quem pensar que o ambiente está preparado para dar mais conforto aos clientes engana-se. Se assim fosse em cada um daqueles locais deveria existir um bengaleiro à entrada como nas antigas salas de espectáculos. Um local onde pudéssemos deixar os agasalhos quando entrássemos. Assim dá a sensação que o objectivo é liquidar os clientes através do método do aquecimento…fatal.Rui Ricardo

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