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António Paiva sai da Câmara de Tomar para gerir Programa Operacional da Região Centro

António Paiva sai da Câmara de Tomar para gerir Programa Operacional da Região Centro

Autarca diz que não foi fácil tomar essa decisão, mas considera que era a altura certa de o fazer
“Sou presidente da Câmara de Tomar quase há dez anos, com muito orgulho”, afirmou na sexta-feira António Paiva (PSD) em jeito de despedida, um dia depois de ter sido eleito para integrar a unidade de gestão do Programa Operacional do Centro, que vai avaliar os projectos e gerir os dinheiros europeus no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Paiva foi eleito representante dos cem município que compõem aquela região. Na última sessão da assembleia municipal em que esteve presente como presidente do município, António Paiva disse não ter sido fácil tomar aquela decisão “mas entendi ser a altura de o fazer”.“Aceitei este lugar porque entendi que tinha aqui uma oportunidade não só de representar o município de Tomar e a Comunidade Urbana do Médio Tejo mas também todos os municípios da Região Centro”, disse o autarca, que terá agora de renunciar ao seu mandato, uma vez que a nova função não é compatível com a liderança do executivo municipal. À semelhança aliás do que fez em Outubro passado o então presidente da Câmara de Rio Maior, Silvino Sequeira (PS), antes de assumir funções idênticas na gestão do Programa Operacional do Alentejo.António Paiva salientou que até mea-dos de Janeiro (o autarca comemora o décimo ano à frente do município dia 15 do próximo mês) irá continuar a exercer as suas funções autárquicas. Além de renunciar ao cargo de presidente da câmara, António Paiva terá também de abdicar da presidência da Comunidade Urbana do Médio Tejo. A Lei 10/2003, que estabelece o regime de criação, o quadro de atribuições e competências das áreas metropolitanas e o funcionamento dos seus órgãos, refere no seu número 2 do artigo décimo que “a perda, cessação, renúncia ou suspensão de mandato no órgão municipal determina, para os respectivos titulares, o mesmo efeito no mandato que detêm nos órgãos da área metropolitana”. A eleição de António Paiva como gestor do Programa Operacional do Centro vai ter de ser agora aprovada pelo Governo e publicada em Diário da República. Ao que O MIRANTE apurou, o ainda presidente do município não vai abandonar a cidade, continuando a residir em Tomar. “Ele acabou de ampliar a sua casa e vai continuar a ser tomarense, indo e vindo todos os dias de Coimbra”, referiu um amigo.Mudanças no executivoA saída de António Paiva leva a mudanças naturais no executivo camarário. Fernando Corvelo de Sousa, número dois da lista do PSD que venceu as últimas eleições autárquicas e actual vice-presidente do município, assumirá a presidência, enquanto Ivo Santos, quinto da lista e que já exerceu funções de vereador no mandato passado, regressará ao exercício autárquico. O presidente da concelhia do PSD de Tomar, Luís Vicente, confirmou a O MIRANTE ter contactado Ivo Santos no próprio dia da eleição de António Paiva, tendo o professor e empresário afirmado que iria aceitar o cargo, apesar das suas condicionantes profissionais. Recorde-se que Ivo Santos fez recentemente parte de uma lista concorrente à de Luís Vicente para a concelhia social-democrata de Tomar mas, segundo o actual presidente do PSD local, “uma coisa nada tem a ver com outra”. “No partido as pessoas são livres de tomar as posições que consideram mais certas a cada altura”.Uma coisa é certa para Luís Vicente: a estratégia política social-democrata para o concelho não irá ser alterada com a renúncia de António Paiva. “Lá por sair uma peça do xadrez o jogo não vai parar”.
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