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Oposição diz que orçamento da Câmara de Tomar não tem estratégia

Oposição diz que orçamento da Câmara de Tomar não tem estratégia

Maioria social-democrata viabiliza orçamento para 2008 no valor de 47 milhões de euros
“Fizemos todas as obras previstas no programa Polis, embora com atraso. Se as tivéssemos feito dentro dos prazos as condições financeiras da câmara seriam bem piores das que existem hoje”, referiu o presidente da Câmara de Tomar, na defesa ao orçamento do município para 2008. António Paiva (PSD), que já não estará em funções quando os projectos que o documento refere forem concretizados (ver texto nesta edição), adiantou ainda que todos os projectos previstos para serem executados no âmbito do Polis também já estão feitos e confirmou que a terceira fase da requalificação da zona do Flecheiro irá avançar em 2008/09. “Os projectos já entraram na câmara, agora temos de abrir os respectivos concursos”, disse, recordando que o concurso para o realojamento das famílias ciganas tem dotação máxima no orçamento do próximo ano, cujo valor total ascende a 47 milhões de euros, mais cinco milhões que o de 2007.Em relação às prioridades para 2008, António Paiva assumiu que a autarquia “tem um grande projecto” para implementar, que é a ligação da Mata dos Sete Montes ao Convento de Cristo. Lembrando que esse projecto tem condicionantes uma vez que implica a concordância de entidades externas ao município, o autarca afirmou ser “sua ambição e do IPPAR” estabelecer essa ligação. Um passo importante no projecto mais global que é a rede de mosteiros prevista no Programa Regional de Ordenamento do Território (PROT) do Vale do Tejo e Oeste, criando um “arco patrimonial” que envolve o Convento de Cristo e os mosteiros da Batalha e de Alcobaça.A ambição do autarca só poderá no entanto avançar se o Instituto da Conservação da Natureza (ICN), actual proprietário da Mata dos Sete Montes, passar a sua gestão para o município. “Neste momento o projecto depende da boa vontade do ICN”, confirmou o ainda presidente da câmara, confessando que, apesar do enorme empenho pessoal do responsável do ICN pelo projecto (José Alho), “não tem visto o mesmo empenho” por parte daquela entidade.O saneamento da zona histórica da cidade, considerado pelo autarca como uma obra estruturante, continuará a avançar, com várias obras a serem candidatadas ao QREN. Assim como a requalificação das três principais vias de acesso das freguesias à cidade. A primeira obra a concurso será a da estrada que liga a rotunda do politécnico ao IC3, com construção de passeios de ambos os lados e iluminação pública subterrânea. Seguem-se a estrada de Carvalhos de Figueiredo até à zona industrial da cidade e a da rotunda do Bonjardim até à localidade de Calçadas, na periferia da cidade. Ainda no âmbito do “betão” o autarca lamentou o facto de a conclusão da estrada até à freguesia da Serra “ser a única que deixa por fazer”.Oposição criticaA explanação do presidente da câmara não colheu a simpatia dos partidos da oposição, que votaram contra o orçamento. PS, Independentes, CDU e BE foram unânimes em afirmar que o executivo voltou a fazer pouco ou nada por uma área que há muito considerou prioritária – o turismo -, preferindo apostar em grandes obras de “encher o olho”. O deputado Hugo Costa, do PS, salientou mesmo que dizer que o actual orçamento segue o programa eleitoral “só pode ser considerada uma rábula humorística”. A CDU voltou a bater na tecla de que o orçamento não traz nada de novo e salientou a contínua falta de estratégia para o concelho, enquanto o movimento de independentes referiu o facto de não se continuar a apostar na captação de investidores que criariam postos de trabalho. Para a oposição o plano apresentado está apenas vocacionado para a tarefa de concluir as inúmeras obras em curso, incluindo no seu orçamento, “de forma irrealista”, verbas para minorar os compromissos financeiros assumidos – taxas dos novos loteamentos e fundos comunitários.
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