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António Silva e Sara Pinho foram os vencedores absolutos

Mil e trezentos atletas não se assustaram com a noite fria e correram a S. Silvestre de Torres Novas e contaram com o apoio da população da cidade

A São Silvestre de Torres Novas deste ano foi uma das mais disputadas de sempre. 1300 atletas correram na cidade do Almonda, com os mais velhos a lutarem com determinação pela vitória na prova rainha, nos 10 quilómetros delineados pelas ruas empinadas de Torres Novas.

Cerca de mil e trezentos atletas participaram no Grande Prémio que é a corrida de São Silvestre de Torres Novas, prova organizada pela Câmara Municipal de Torres Novas e União Desportiva e Recreativa da Zona Alta, que se disputou, na tarde/noite gélida do dia 29 de Dezembro. Pedro Silva, da Casa do Povo de Mangualde e Sara Pinho, do Clube de Atletismo da Madeira, foram os melhores no sector masculino e feminino, respectivamente. A prova principal, aberta a atletas das categorias de juniores, seniores e veteranos, masculinos e femininos, contou com a presença de algumas das maiores figuras da actualidade do atletismo nacional, sendo por isso a edição mais disputada das que já se realizaram até hoje. A luta no sector masculino foi empolgante até ao último metro. Três atletas lutaram ombro a ombro até mesmo em cima do risco de chegada.Por equipas também não houve surpresas. Em masculinos a vencedora foi a forte e muito compacta equipa do G.D. Reboleira, que deixou a esforçada equipa do Clube União Artístico Benaventense a 40 pontos de distância. O frio cortante que se fez sentir não afastou os atletas de uma prova que já marca o calendário nacional das provas de estrada, e este ano contou com um naipe de atletas de elevado nível, fazendo com que ela seja já considerada por muitos a segunda prova do género em Portugal, logo a seguir à mítica São Silvestre da Amadora.Como era de esperar, a prova acabou por ser disputada pelos atletas mais prestigiados que se encontravam presentes. Em masculinos, a meio da prova seguia na frente um grupo de quinze atletas, que integrava, nomes como António Silva, Bruno Fraga, José Luz, José Carvalho e José Santos. Grupo que se desfez por volta dos oito mil metros, ficando na frente com quatro atletas que seguiram juntos até à entrada da longa recta da meta. Aí António Silva foi o primeiro a atacar levando consigo Bruno Fraga e José da Luz, José Carvalho, que não entrou na luta mas manteve o andamento, e num longo sprint até mesmo em cima do risco da meta foi António Silva que conseguiu passar primeiro. Foi emocionante e o público não regateou aplausos aos três corredores. No final, Pedro Silva, actual campeão nacional dos 10 mil metros, e que apesar de ser atleta de alta competição e ter convites para integrar clubes de maior nomeada, continua a correr na sua terra, porque lhe dão algumas condições para isso, não escondia o seu contentamento pela vitória alcançada. O jovem garantiu que esta conquista foi uma das mais saborosas da sua carreira. “Não é todos os dias que se consegue uma vitória perante um grupo de atletas como o que esteve hoje em Torres Novas”, garantiu, enquanto acrescentava que o nível da S. Silvestre Torrejana superou a maioria das provas nacionais do género. “Estiveram aqui alguns dos jovens valores do atletismo nacional. Por isso não podia estar mais contente”, afirmou à nossa reportagem. Para o atleta da Casa do Povo de Mangualde, para além dos seus adversários e de um percurso muito difícil e selectivo, a maior dificuldade foi o muito frio que se fazia sentir. “O frio foi o grande adversário de todos os atletas, porque o percurso é duro e selectivo, é do que eu gosto. Treino na zona da Serra da Estrela e aí senti-me à vontade. Quero dar os parabéns à organização que esteve impecável”. Pedro Silva que já tinha vencido em Torres Novas nas categorias de juvenis e juniores, garantiu que “de certeza que vou voltar no futuro”. Sara Pinto comuma vitória mais fácilNa prova feminina, a luta foi menos emocionante. Sara Pinto, do Clube de Atletismo da Madeira, arrancou muito forte, deixou as suas companheiras muito para trás e depois controlou muito bem a corrida. Só nos últimos metros Eunice Tavares se aproximou um pouco mas sem nunca ameaçar o primeiro lugar. “Não há vitórias fáceis mas esta foi muito saborosa e menos complicada do que esperava. Parti rápido e cavei logo um fosso muito grande para as minhas adversárias, depois foi controlar”, garantiu Sara Pinto, que referiu estar em boa forma uma vez que se está a preparar para ajudar a sua equipa a apurar-se para o Campeonato Nacional de Pista Coberta que se aproxima.Sara Pinto garantiu ainda que fez um excelente treino e foi uma honra correr e vencer em Torres Novas. E deixou uma palavra de estímulo para a organização. “Não é fácil montar uma prova deste género, mas aqui em Torres Novas conseguiram-no. O percurso foi muito bem escolhido, com muito público a aplaudir os atletas, por isso deixo-lhes os meus parabéns e a garantia de que cá vou voltar”, referiu.

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