Alguns eleitos socialistas na Assembleia Municipal de Santarém queixaram-se na última sessão de não terem respostas aos requerimentos remetidos há muitos meses ao executivo camarário liderado por Francisco Moita Flores (PS). A questão foi suscitada inicialmente por Luís Almeida, que pediu a intervenção do presidente da assembleia, António Pinto Correia (PSD), junto de Moita Flores para que seja dado cumprimento à lei. O executivo tem 10 dias para responder aos pedidos de informação feitos pelos deputados municipais através da mesa da assembleia. Só que esse prazo não tem sido cumprido pela câmara e as respostas continuam por dar. Algumas há mais de um ano, como recordou Diamantino Duarte (PS), que já em anteriores ocasiões havia insistido no assunto. “Sei que alguns requerimentos são um bocado chatos, mas é uma falta de delicadeza que passados quase dois anos não tenham ainda chegado respostas”, acentuou Diamantino Duarte, que garante ter entregue “três ou quatro requerimentos” no início de 2006. Também Idália Moniz se queixou do mesmo acerca dos requerimentos feitos em Novembro passado acerca da situação financeira da autarquia, a que pretendia ter resposta antes da última assembleia. A informação acabou por lhe ser disponibilizada durante a sessão pelo vice-presidente da câmara, Ramiro Matos (PSD). O presidente da assembleia municipal deu razão aos eleitos socialistas, esclarecendo que todos esses requerimentos têm sido encaminhados atempadamente para o executivo camarário. Pinto Correia acrescentou que tem feito “contactos pessoais” e garantiu que vai continuar a empenhar-se para que a situação seja regularizada. “É uma recomendação que deixo ao executivo”, disse.Na ausência de Moita Flores, de férias, o vice-presidente da câmara afirmou não poder responder de imediato a algumas das questões levantadas. Pediu desculpas aos eleitos socialistas, garantindo que a Câmara de Santarém “não se vai eximir de fornecer esses documentos e informações”.