O vice-presidente da Câmara de Santarém criticou, na última sessão da assembleia municipal, o facto de nenhum dos efectivos da extinta esquadra da PSP de Fátima ter transitado para a esquadra da cidade, que, segundo o autarca, se confronta com falta de meios humanos. Ramiro Matos (PSD) respondia à deputada municipal Idália Moniz (PS), que perguntou sobre o trabalho que tem sido desenvolvido pela autarquia no capítulo da segurança em articulação com a PSP. O deputado do PSD Nuno Serra foi quem primeiro tocou na questão. Referindo-se ao recente assalto violento a uma ourivesaria do centro histórico, o eleito deixou o mote: “É importante que todos sejamos voz daqueles que hoje se sentem inseguros. E alertar quem de direito para aumentar o policiamento na cidade e no concelho”.Várias fontes disseram à agência Lusa que o distrito de Santarém perdeu, nos últimos dois anos, 30 efectivos da PSP, o que põe em causa a prestação de serviços como a Escola Segura, nomeadamente na capital de distrito. Santarém precisa de um reforço policial de pelo menos oito elementos, disse uma das fontes, confirmando a dificuldade em fazer nos melhores moldes o policiamento junto das escolas do concelho.Com a reorganização das forças de segurança, a capital do distrito viu alargada a área de intervenção da PSP, que ficou com a totalidade da freguesia da Várzea, sem que isso tenha correspondido ao reforço correspondente de efectivos, disse outra fonte. Com um efectivo de pouco mais de 400 elementos em todo o distrito, o comando distrital terá pedido um reforço de 30 efectivos, para tentar repor os valores de 2005.