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O empresário que gosta de voar e de assistir a touradas

António Marques Varela é um homem com um discurso seguro, tranquilo e que pensa cada resposta. É discreto e contorna as perguntas mais incómodas com um sorriso. Nesta entrevista que decorre na sala de reuniões do Grupo Tiner, em Lisboa, faz-se acompanhar da filha Inês Varela. O empresário defende os méritos das empresas familiares e acredita que tem sucessores à altura. Uma técnica de comunicação segue atentamente a conversa com os jornalistas.Apesar de ter o tempo contado, António Varela nunca olha para o relógio. Veste fato escuro de corte clássico, com riscas suaves, camisa branca, gravata vermelha com riscas. É ele que escolhe a roupa e que cuida da imagem. A barba é feita diariamente e o cabelo penteado com rigor. A música clássica e a leitura ocupam os tempos que sobram nas viagens de negócios. Habitualmente, sai de Portugal ao domingo à noite e regressa à sexta-feira. Viaja num dos seus aviões particulares que custou 17,5 milhões de dólares e que também gosta de pilotar. Obteve o brevet para desfrutar do prazer de conduzir aeronaves, mas tem pilotos que o guiam nas viagens. Aproveita para descansar no avião, porque “para fazer bons negócios” tem de estar em forma física e mental. Gosta de comer, mas procura controlar o prazer da gula e faz exercício para não perder a elegância. O engenheiro civil, natural da Parreira, não sabe cozinhar, mas diz que “conseguiria sobreviver uns tempos” sem cozinheiros.António Varela não nasceu em berço de ouro e depois de ter feito fortuna perdeu quase tudo a meio da década de 80. Soube reagir, renasceu do zero e hoje é um dos empresários mais notáveis do sector imobiliário. Emprega 600 pessoas e é dono de uma das maiores fortunas do país. Os seus três filhos (duas raparigas e um rapaz) trabalham com ele. O engenheiro Varela, como é conhecido, emociona-se quando fala da infância, mas numa conversa de mais de hora e meia nunca se queixou da vida. É adepto do Benfica, mas não tem camarote na Luz e vai aos jogos como convidado. Não gosta de confusões, prefere passar os tempos de lazer na Quinta da Alegria, em Vila Nova da Rainha (Azambuja), ou no mouchão do Lombo do Tejo, em Vila Franca de Xira. É criador de animais e um aficionado da festa brava. Vai às touradas e gosta de assistir aos treinos dos forcados e dos futuros toureiros no seu tentadero.

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