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Aluna da Escola Superior de Desporto morre após ser atropelada em passadeira

Colegas prestam homenagem a Sandrine Correia e reclamam mais segurança
A Associação de Estudantes da Escola Superior de Desporto de Rio Maior (ESDRM) reclama um reforço da sinalização e outras medidas que ajudem ao respeito pelo limite de velocidade na avenida Mário Soares, naquela cidade. Essa reivindicação foi feita durante uma vigília no local, onde no dia 10 de Janeiro foi atropelada uma estudante daquela escola em plena passadeira. A vítima não resistiu aos ferimentos e acabou por falecer cerca de doze horas depois no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Colegas e outros alunos do ensino superior e secundário da cidade juntaram-se numa vigília onde guardaram um minuto de silêncio pelo falecimento de Sandrine Correia, oriunda de Vale de Figueira, Santarém. Coroas de flores foram depositadas a meio da passadeira. Vários colegas envergaram traje académico e não escondiam a sua emoção e revolta pelo sucedido à colega. Sandrine Correia tinha 30 anos. Frequentava o 2.º ano do curso de Desporto de Natureza e Turismo Activo. Era já licenciada em francês e italiano pela Faculdade de Letras de Lisboa e procurava nova formação para encontrar saídas profissionais.Na fatídica quinta-feira, eram 08h42 da manhã e Rio Maior estava sob um denso manto de nevoeiro. A passadeira que a aluna quis atravessar fica a cerca de 100 metros do pavilhão multiusos, instalações da ESDRM desde Setembro. A aluna ia para a aula de paintball que decorria na zona florestal da cidade, do outro lado da estrada, onde costumam ter lugar as aulas práticas. A avenida Mário Soares é uma via com duas faixas de rodagem em cada sentido com separador central. A viatura que seguia na faixa da direita parou para deixar passar a estudante. Uma carrinha que seguia logo atrás mudou de faixa para a ultrapassar e acabou por colher a estudante em plena passadeira. O condutor tem cerca de 30 anos, é oriundo do concelho de Santarém e conduzia uma viatura de transporte e venda de pão. Sandrine Correia foi prontamente assistida pelos bombeiros de Rio Maior e pela Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de Santarém, que a estabilizaram no local. Só uma hora depois a estudante foi levada para a localidade do Alto da Serra, o único local onde e o helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) conseguiu aterrar, devido ao nevoeiro, e levada para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.Passadeiras “para inglês ver”O presidente da Associação de Estudantes da ESDRM, Luís Pereira, disse a O MIRANTE que a avenida Mário Soares é como uma via rápida na cidade, com passadeiras para “inglês ver” e são muitos os que não respeitam o limite de velocidade. “Resta movermo-nos para que se tomem medidas pelas entidades competentes. Vamos lutar para que se coloquem semáforos ou lombas para se reduzir a velocidade e o trânsito pare. E que mais acidentes como este não voltem a acontecer que ponham as pessoas em risco de vida”.Fonte conhecedora do local disse a O MIRANTE que naquela avenida não se registaram quaisquer problemas nos últimos anos, mas o presidente da AE da ESDRM lembra o atropelamento de uma pessoa em Julho do ano passado na passadeira seguinte àquela onde Sandrine Correia foi atingida.As passageiras da avenida Mário estão bem visíveis no pavimento por serem feitas em calçada mas não servem para os condutores reduzirem a velocidade. De resto, a avenida conta com algumas rotundas e o espaço entre cada uma é de cerca de 200 metros, sempre em duas faixas em cada sentido. Além das instalações da ESDRM, existe ainda à beira da avenida a escola secundária e a EB 2/3.

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