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Luísa Pamplona

Luísa Pamplona

49 anos, Vialonga, funcionária pública

“A maioria das pessoas dá mais valor ao aspecto exterior, sobretudo nos campos profissional e emocional, e depois acontecem as desilusões. Temos que nos preocupar em conhecer primeiro o carácter, a personalidade da pessoa. Não importa se é feio, baixo ou gordo”.

Era capaz de casar em directo na televisão?Nem pensar. A minha maneira de estar na vida está relacionada com outros valores completamente diferentes. É uma grande exposição da nossa intimidade que eu seria incapaz de partilhar com pessoas que não conheço, com estranhos.Sabe tocar algum instrumento musical?Para conquistar o meu marido, na altura em que nos conhecemos, comprei uma viola uma vez que ele sabia tocar e eu não queria ficar atrás. Seria uma forma de nos aproximarmos ainda mais. Mas nunca consegui aprender nada de jeito. Tive que me conformar e guardei a viola. Mesmo sem saber tocar consegui conquistar o meu marido (risos).O que está a achar da aplicação da nova lei do tabaco em Portugal?Como não fumadora concordo com a lei porque já consigo entrar num café ou restaurante e respirar ar puro. Mas também não concordo que os fumadores estejam a fumar à chuva e ao frio. O Governo deveria encontrar soluções que agradasse a todos.De que objecto é que nunca se separa?São vários objectos de que nunca me separo ou, pelo menos, tento não separar nunca. Uma caneta e uma folha de papel porque estou sempre a escrever. Faço poesia e a inspiração vem quando menos se espera, por isso, tenho que estar prevenida. Também nunca me separo dos bons livros. Tento ter sempre um perto de mim para me entreter.Alguma vez utilizou o livro de reclamações?Nunca usei. Quando tenho alguma coisa a dizer digo directamente e, como sou tolerante, tento resolver a situação de forma cordial. Mas se me faltarem ao respeito e achar que devo reclamar não tenho problema nenhum em fazê-lo.O concelho tem falta de oferta cultural?Nesse aspecto tem. As pessoas deveriam ter mais escolha para uma saída. Faz muita falta um cinema no concelho de Vila Franca de Xira. As salas mais perto são em Lisboa e a maioria das pessoas não se vai deslocar a Lisboa para ir ver um espectáculo. Estão cansadas, querem espectáculos perto de casa.Se um desconhecido lhe oferecesse flores como reagia?Mesmo não o conhecendo de lado nenhum dava-lhe um abraço porque adoro flores. Se fossem túlipas e malmequeres ainda melhor. Mas aceitava só as flores. (risos)A aparência é mais importante do que o profissionalismo?Muito pelo contrário. Infelizmente a maioria das pessoas dá mais valor ao aspecto exterior, sobretudo nos campos profissional e emocional, e depois acontecem as desilusões. As pessoas com boa aparência não correspondem às expectativas e desiludem. Temos que nos preocupar em conhecer primeiro o carácter, a personalidade da pessoa. Não importa se é feio, baixo ou gordo. A sua capacidade intelectual deve ser o mais importante.
Luísa Pamplona

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