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Presidente de Tomar considera “uma aberração” sede de centros de saúde em Constância

António Mendes diz que António Paiva gosta de contar anedotas de mau gosto
O presidente da Câmara de Tomar, António Paiva (PSD), considera “uma aberração” a proposta da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo de criação de um agrupamento de centros de saúde com sede em Constância. Na reunião camarária de terça-feira, o autarca levantou a voz em protesto afirmando mesmo que a ARS quer mandar os moradores das maiores cidades da região (Tomar e Abrantes) “para uma zona onde não vive ninguém”. “Não se justifica deslocar 43 mil pessoas para um local que é mais pequeno que uma freguesia de Tomar”, ressalvou António Paiva (PSD), visivelmente irritado com a questão.O autarca fez mesmo questão de ler um e-mail que enviou a 23 de Novembro passado ao presidente da ARS, onde acusou António Branco de estar a entrar no mesmo erro que o director regional de Agricultura quando quis retirar de Tomar os serviços técnicos da área agrícola. “Só que este emendou a mão a tempo”, disse o ainda presidente do município. “Assumi no e-mail que enviei ao Dr. Branco que esta questão é política partidária pública e isso não pode ser. Por causa dessa política veja-se o que aconteceu com a deslocalização da maternidade para Abrantes, a morrer todos os dias porque as mães preferem ir ter os filhos a Leiria ou Coimbra”.“Ficava tão ridículo eles (o Governo socialista) porem as duas sedes previstas para o Médio Tejo em Torres Novas e Abrantes (concelhos governados pelo PS) que não tiveram coragem de o fazer e acabaram por decidir colocar um em Constância. E porque não havia um sítio mais pequeno, senão era lá que o iriam pôr”, exaltou-se o autarca, adiantando que “isto é humilhar Tomar”. António Paiva questionou-se sobre o historial que tem o Centro de Saúde de Constância para ter sido escolhido como sede de um dos agrupamentos de centros de saúde do Médio Tejo e falou em “falta de respeito” pelo passado histórico dos centros de saúde de Tomar. E não se sensibilizou com a resposta dada pelo presidente da ARS, de que Constância foi escolhida por ficar numa zona central e ter um centro de saúde com mais espaço. “Se é só por causa da questão do espaço, em Tomar também há muito. Até nos novos centros de saúde das freguesias de Alviobeira e Sabacheira”.Presidente de Constância responde à letraO presidente da Câmara de Constância, António Mendes (CDU), contactado por O MIRANTE, foi irónico nas palavras, referindo que “de vez em quando António Paiva gosta de aparecer nos jornais a contar anedotas de mau gosto”. “Interrogo-me é porque é que o senhor presidente da Câmara de Tomar escolheu, para o jantar da sua despedida, precisamente o sítio onde ele diz que não vive ninguém”. Visivelmente agastado com o comportamento do colega, António Mendes foi mesmo mais longe, afirmando que as afirmações de António Paiva “demonstram uma personalidade que poucas pessoas conhecem dele, talvez influenciado pelas inúmeras viagens que tem feito às grandes urbes europeias, e alguns tiques racistas, talvez provocados por uma infância vivida na África do Sul”.

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