A antiga residência do benemérito Jaime da Mota foi recuperada e transformada no novo espaço de acolhimento das crianças da Santa Casa da Misericórdia de Azambuja. O renovado edifício, no coração da vila, frente ao jardim urbano de Azambuja, foi inaugurado na tarde de sábado.O espaço, doado à instituição pelo filho da terra, vai funcionar entre as 7h30 e as 19h00 para receber as crianças e jovens que frequentam a creche, pré-escolar e ATL na zona dos poisões. O transporte até ao local é assegurado pela instituição, tal como era feito anteriormente.“Conheci pessoalmente o senhor Jaime Artur Abreu da Mota, era eu então habitante recente de Azambuja e chefe da repartição de finanças. Acompanhei de perto as diligências do então provedor da Misericórdia com vista à regularização de situações de natureza legal, segui os primeiros passos de alguns pais, preocupados com a educação dos seus filhos, que terão sido os primeiros responsáveis por esta casa”, referiu o provedor da Misericórdia, Armando Aparício.Como forma de homenagear o filho da terra que “generosamente instituiu herdeira desta casa a Santa Casa da Misericórdia” a instituição mandou fazer um busto que colocou no salão nobre, construído no sótão do edifício, um espaço novo que a instituição criou para dar mais dignidade às assembleias gerais.Armando Aparício aproveitou para referir que em breve a instituição receberá um novo autocarro e iniciará as obras de ampliação do lar. Por concretizar fica ainda o projecto de construção da residência para idosos.A Santa Casa da Misericórdia de Azambuja, uma instituição com 450 anos, apoia actualmente mais de 350 crianças em creche, pré-escolar e ATL. Na valência de idosos possui lar, centro de dia e apoio domiciliário servindo cerca de 80 seniores. Trabalham na instituição cerca de uma centena de funcionários. Durante a cerimónia de inauguração o presidente da Câmara de Azambuja, Joaquim Ramos, aproveitou para enaltecer o trabalho da instituição no contexto da vida moderna. “Imagino o que seria das franjas mais frágeis da sociedade, os jovens e idosos, se não existissem instituições de solidariedade social como estas”, realçou.