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Críticas a António Paiva na assembleia na hora da despedida

Críticas a António Paiva na assembleia na hora da despedida

Socialistas dizem que deixou a cidade igual e nalgumas situações pior do que a encontrou

A gestão da última década foi “de um presidente que de todos desconfiava, que a todos subestimava e a quase ninguém ouvia”, acusou a bancada dos independentes.

Meia hora foi quanto o presidente cessante da Câmara de Tomar gastou na despedida da assembleia municipal para enumerar os investimentos que fez no concelho durante os dez anos da sua governação. Estradas, caminhos, pontes, escolas, saneamento básico, pavilhões desportivos, complexo das piscinas, parques de estacionamento. Nada foi esquecido ou deixado ao acaso por António Paiva (PSD). Que não se esqueceu de ter sido o presidente de câmara que conseguiu concretizar a luta de muitos anos pela melhoria das acessibilidades nacionais a Tomar. “O IC3 está feito no concelho, o IC9 está a fazer-se”.António Paiva respondia assim às críticas da bancada socialista de que deixou Tomar praticamente como a encontrou e, em alguns casos, pior. Paiva foi mesmo acusado pelos socialistas de atingir os piores indicadores, comparativamente com outros municípios do Médio Tejo, dos últimos 30 anos, deixando fugir população para concelhos vizinhos devido a uma má política habitacional. Críticas que surgiram também da bancada dos Independentes, com o deputado Fernando Oliveira a ser contundente ao afirmar que ao contrário da propaganda de há 10 anos – “Tomar vai tomar rumo” – o concelho manteve-se estes anos sem rumo e sem estratégia. “Não soubemos até agora aproveitar a riqueza do que cá temos”, disse o deputado, falando da gestão da última década “de um presidente que de todos desconfiava, que a todos subestimava e a quase ninguém ouvia”.Palavras que irritaram António Paiva ao ponto de se levantar e fazer a longa exposição sobre o trabalho feito. “Não queria fazer isto mas vocês obrigaram-me”, disse, depois de mostrar que deixa a sua “marca” no concelho. “A crítica de que o presidente da câmara não ouve a população não me assenta. Foi por a ouvir que se fizeram os investimentos nas freguesias”, afirmou o autarca que já renunciou formalmente ao cargo. “Saio de consciência absolutamente tranquila”, garantiu num discurso que disse não ser de despedida mas de defesa do seu trabalho e do da sua equipa.Fernando Oliveira, que na assembleia aproveitou para anunciar também a sua renúncia como deputado devido a questões pessoais, contra-atacou e deixou um aviso a António Paiva: “Muitos dos que hoje estão a seu favor daqui a uma semana são os seus piores críticos. O senhor vai ter uma lição política porque quando sair vai perceber que poucos tiveram respeito e consideração por si. Muitos tiveram medo”.
Críticas a António Paiva na assembleia na hora da despedida

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