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Fisco apanha falsos deficientes

Fisco apanha falsos deficientes

Senhor jornalista António Palmeiro, a notícia por si assinada mostra a pouca vergonha a que se chegou, mesmo em classes profissionais como a dos médicos. Genericamente usufruindo vencimentos acima dos 3000 Euros, alguns deles não têm pejo em falsear deficiências, provavelmente em juntas médicas, recorrendo a favores em cadeia entre a classe. Alguns destes médicos serão, talvez, os mesmos que recebem, nas juntas médicas, pessoas com graves problemas de saúde, com uma enorme arrogância, apoucando mesmo pessoas de idade a quem deviam o maior respeito. Mas se não se respeitam a eles próprios como podem ter dignidade…Há pouco assisti a cenas lamentáveis numa junta em Tomar, onde eu próprio que apenas me desloco com o auxílio de canadianas, devido a uma deficiência dolorosa no pé direito, a que se junta situação grave e dolorosa na coluna vertebral. Vi recusada a simples pretensão de poder estacionar nos locais assinalados para deficientes. Tenho 60 anos, sou agora uma pessoa sozinha e tenho as maiores dificuldades em resolver os problemas mais comuns como ir às compras, ir ao correio, tomar café, comprar o jornal, ir a repartições públicas e outros serviços. Enfim, resolver as necessidades mais comuns, tendo muitas vezes de estacionar a centenas de metros dos locais a que me dirijo, apesar de muitas vezes haver locais para deficientes bem próximos.É lamentável que médicos, sem a Ordem se opor, se disponham a participar em juntas a que pretensamente chamam “Juntas Médicas”, limitando-se a atribuir percentagens de incapacidade sem curar de exercer um acto médico de qualidade, que independente das percentagens, tenha em conta a situação do cidadão com deficiência e as suas reais necessidades, por vezes as mais primárias e evidentes. Se a lei não permite um acto médico de qualidade, ganhem dignidade e recusem participar em actos que são de uma indignidade para qualquer pessoa, e por maioria de razão para os médicos. A Ordem dos Médicos devia tomar uma posição exigindo dignidade na participação em tais Juntas, ou então vedando a participação dos médicos.Júlio Bento
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