O ministro das Obras Públicas vai sexta-feira às Caldas da Rainha discutir as medidas que os autarcas do Oeste querem ver contempladas no plano de investimentos para a região. O presidente da Associação de Municípios do Oeste (AMO), Carlos Lourenço (PSD), afirmou hoje à Lusa que “os secretários de Estado e o senhor ministro já tomaram conhecimento das propostas dos autarcas”, escusando-se a adiantar quais as obras que querem concretizadas no âmbito das compensações pelo abandono da Ota como localização para o novo aeroporto de Lisboa. Os autarcas do Oeste (13) e os de Azambuja, Santarém, Rio Maior e Cartaxo, e representantes dos vários ministérios têm realizado reuniões semanais com vista à elaboração do plano de investimentos que compense a região pela decisão do Governo de localizar o novo aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete em detrimento da Ota (Alenquer) como esteve previsto durante uma década.O plano deverá estar concluído ainda durante o mês de Março, em cumprimento do que foi calendarizado a 23 de Janeiro por Mário Lino. “Algumas propostas já deveriam estar realizadas e outras (se não fosse ao abrigo deste plano) seriam difíceis de obter no quadro comunitário (Quadro de Referência Estratégico Nacional)”, disse Carlos Lourenço.Um dos objectivos consensuais entre os autarcas é que sejam criados acessos ao novo aeroporto localizado no Campo de Tiro de Alcochete. Outras propostas entretanto já avançadas pelo presidente da Câmara da Lourinhã, José Custódio (PS), são a construção de dois hospitais, um em Torres Vedras e outro na zona das Caldas da Rainha, vários centros de saúde e a melhoria da rede ferroviária do Oeste (Figueira da Foz/Lisboa).O Governo e a AMO criaram cinco grupos de trabalho (para elaborar o plano) divididos nos seguintes temas: acessibilidades e mobilidade (estradas e ferrovias); competitividade territorial (turismo, património e ambiente); coesão territorial (saúde e educação); os territórios objecto de medidas de excepção (Alenquer e Azambuja) e a governação (parcerias com a administração central).O presidente da Associação de Municípios do Oeste adiantou ainda que “há alguma receptividade” do Governo para acolher as propostas, embora “ainda não haja um contrato para assinar”. Ambas as partes vão assinar um contrato onde estarão consignadas as obras, o financiamento e um calendário para a sua concretização.