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Coligação Mudar Vila Franca propõe comissão de acompanhamento da plataforma da Castanheira

Preocupações quanto às acessibilidades, emprego e responsabilidade social da empresa

A Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira reconheceu a importância do projecto no desenvolvimento económico da região mas colocou algumas reservas quanto aos impactos anunciados.

O deputado municipal da Coligação Mudar Vila Franca, Amadeu Pinto propôs a criação de uma comissão de acompanhamento do processo de construção da plataforma logística Lisboa-Norte que se iniciou na terça-feira em Castanheira do Ribatejo. O autarca interveio na reunião da assembleia municipal, na terça-feira, em Calhandriz, após a apresentação do projecto por três técnicos que representam a Abertis Logística, empresa do grupo espanhol que vai construir e explorar o parque empresarial.O autarca da coligação PSD-CDS/PP manifestou preocupações em relação às acessibilidades, impactos ambientais e responsabilidade social da empresa. Amadeu Pinto pediu também esclarecimentos sobre qualidade do emprego a criar e respectiva numeração. “Serão empregos de 426 euros ou de 1500 euros mensais?”, questionou, referindo-se aos 17.500 postos de trabalho anunciados.A presidente da câmara afirmou não poder dar garantias dos valores das remunerações, mas referiu que “também serão criados empregos de qualidade com técnicos especializados”. Em relação às acessibilidades, Maria da Luz Rosinha (PS) explicou que estão salvaguardadas. O projecto prevê um novo nó de ligação à Auto-estrada do Norte (A1), próximo da Vala do Carregado e a construção de um novo pontão sobre o rio Grande da Pipa. As vias existentes serão alargadas e melhoradas. No que toca à responsabilidade social, Maria da Luz Rosinha disse que essa preocupação está bem vincada no protocolo assinado com a Abertis e que prevê investimentos de 3,7 milhões de euros. O grupo deverá construir uma creche para os filhos dos trabalhadores e vai financiar o alargamento do quartel dos bombeiros e a construção do pavilhão gimnodesportivo na freguesia da Castanheira do Ribatejo, entre outras obras.Uma vasta área do novo parque empresarial, com espaço verde e zona desportiva, será aberta à população.O deputado Carlos Lilaia (PS) considerou que é indiscutível o interesse municipal e nacional do projecto da Abertis que se revela “interessante no ponto de vista do ordenamento do território”. O autarca socialista considerou que a plataforma vai criar maior mobilidade na zona norte do concelho com um conjunto de acessibilidades e vai beneficiar também os concelhos de Alenquer e Azambuja constituindo uma compensação para o desequilíbrio causado pelo fecho da fábrica da Opel em Azambuja. Carlos Lilaia defende que a zona industrial da Castanheira será altamente valorizada.O líder da bancada do PS salientou ainda a importância do alargamento e da requalificação da Atral Cipan que pode constituir um “cluster”, um centro de investigação e produção que trabalhe em rede com a indústria farmacêutica mundial.A CDU, que sempre se manifestou contra a localização da plataforma numa zona inundável e considerou “um atentado ambiental” reconhece o interesse do projecto. “Reconhecemos a importância da plataforma logística desde a primeira vez. O PS não se venha armar em defensor da pátria e reclamar para si os louros do projecto”, disse Carlos Braga, numa intervenção que causou burburinho na assembleia porque a CDU sempre colocou reservas quanto ao projecto e absteve-se na votação da operação de loteamento e projectos na reunião da câmara no dia 5 de Março.

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