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Um fenómeno chamado Margarida Gil

Margarida Gil tem 57 anos. Nasceu na Covilhã. Foi lá que descobriu as leituras de Sir Waler Scott, ouviu Mozart por influência do irmão e – por volta dos 13 anos - se rendeu aos tons laranja e verde alface de então. “Nas aulas de História escondia-me atrás da minha amiga Joana a ler o grossíssimo volume dos irmãos “Irmãos Karamazov”. A Joana tinha o cabelo louro virado para fora. Outra amiga passava o dela a ferro para ficar liso”, confessa a cineasta num “relato de paixões” publicado numa obra que respiga algumas das mulheres da história do cinema português, edição da Câmara de Lisboa de 2000.Formou-se em Germânicas, mas logo se decepcionou com a área. Continuou porque era o único curso que lhe dava a possibilidade de estudar e trabalhar. Porque a crise financeira também afectou a família que veio para a capital. Foi funcionária da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, mas afasta-se para conseguir respirar. Conhece João César Monteiro, companheiro em horas boas e más, de quem tem o filho Pedro. “Relação Fiel e Verdadeira” (1984) é o título da primeira longa metragem. A crítica não a recebeu bem em Portugal. “Êxito em Veneza. Desastre em Lisboa. Descubro que o cinema tem imensas apendicites”, diz no relato de paixões. Trabalhou no programa “Hermanias” com o apresentador Herman José. Mas é a linguagem cinematográfica que prefere para se mostrar ao mundo.

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