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A escritora cega

A escritora cega

A história que o José Carlos de Vasconcelos contou na conferência que fez no vosso jornal mostra bem a que ponto se chegou na escola. Este eudeusamento das novas tecnologias, nomeadamente da Internet, não é nada saudável num país como o nosso onde a educação está pelas ruas da amargura. A criancinha foi à Internet, leu uma história sobre uma Alice Vieira que teve uma vida desgraçada, copiou o que lá estava e apresentou o plágio como sendo um trabalho sobre a escritora Alice Vieira que estava de visita à sua escola. Nem o facto de ela ter constatado que a escritora não era ceguinha como dizia no site que consultou, a fez recuar. Se na Internet dizia que ele era ceguinha é porque ela era mesmo ceguinha. E a professora o que fez? Nada!! Como a criança tinha feito um trabalho de investigação não a ia desiludir. Em vez de explicar à criança que pesquisar não é ir apenas à Internet; em vez de lhe explicar que plagiar está errado; em vez de lhe ensinar a ter uma postura crítica e a trabalhar, calou-se para não a traumatizar. Quando vi este vídeo que colocaram no vosso site lembrei-me dos discursos sobre as novas tecnologias que o actual Governo gosta de fazer. Meus senhores, não é com a Internet nas escolas que fazemos cidadãos mais críticos e inteligentes. Não foi com a introdução das máquinas de calcular que melhorámos a nossa relação com a matemática. As novas tecnologias são preciosas mas não são tudo. Mas isto já é sabido há muito tempo. Não é??!!!Alexandre C. Delgado
A escritora cega

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