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Andamos a dormir mal

Um em cada cinco portugueses sofre de insónia, o mais frequente dos distúrbios do sono. “O número de casos diagnosticados tem aumentado, o que não significa um aumento das doenças de sono, mas sim um conhecimento maior sobre estas patologias”, diz José Moutinho dos Santos, do Laboratório de Patologia do Sono no Hospital dos Covões, em Coimbra.“As doenças do sono manifestam-se em pessoas de todas as idades e muitas vezes não há características específicas que as motivem”, explica a especialista do sono Teresa Paiva, que ressalva a apneia do sono (paragens respiratórias durante a noite), que tem como principal causa o excesso de peso.Considera-se que uma pessoa sofre desta doença quando tem paragens respiratórias superiores a 10 segundos, sendo considerada muito grave quando as paragens ultrapassam os 60 segundos.Em Portugal não há dados sobre a apneia obstrutiva do sono, uma doença que a nível europeu afecta cerca de 10 por cento das pessoas, sobretudo homens, por terem uma via respiratória mais longa com maior tendência para fechar.“Dormir é uma necessidade fisiológica básica, sendo tão fundamental como comer ou beber e o sono é a manifestação dessa necessidade”, segundo José Moutinho dos Santos.Um défice de sono aumenta a ocorrência de doenças cardiovasculares, mortes por qualquer causa, hipertensão, obesidade, diabetes, depressão, acidentes, problemas cognitivos e de memória, segundo os especialistas.As insónias estão geralmente associadas “a problemas psíquicos relacionados muitas vezes com casos traumáticos, a hábitos de sono irregulares ou a problemas psicológicos”, explicou à agência Lusa a directora da Clínica do Sono, em Lisboa, Pilar Rente. Para a médica é “importante manter um horário regular de sono para manter o ritmo biológico, ter um quarto com uma temperatura agradável e evitar bebidas com cafeína à noite, assim como bebidas alcoólicas e tabaco”.

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