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Especialistas defendem que não há colchões melhores ou piores para dormir

A solução é comprar um colchão duro mas confortável e que não seja muito caro
Não há estudos científicos que indiquem qual o melhor colchão. A escolha tem que ser feita por cada pessoa.Ortopédicos, magnéticos ou de viscoelástico, alguns colchões podem atingir milhares de euros. Mas especialistas contactados pela Lusa a propósito do Dia Mundial do Sono afirmam que não há estudos científicos que comprovem que nuns se dorme melhor do que noutros.“O colchão tem implicações no sono e no repouso e sobretudo está relacionado com questões de equilíbrio da coluna, tornando o sono mais reparador ou não. Mas não há estudos científicos que comprovem que há colchões melhores do que outros. Geralmente são mais aspectos de marketing do que científicos”, explicou à Lusa o presidente do Colégio de Medicina Física e Reabilitação, Francisco Sampaio.Também para Jaime Branco, reumatologista do Hospital Egas Moniz, em Lisboa, “é muito difícil fazer afirmações pontuais sobre os que fazem ou não melhor”.“Não há nenhum estudo científico comprovado no sentido de indicar os colchões melhores. Há pessoas que trocam de colchão e se sentem melhor, também porque o anterior já estava velho. Mas acontece trocarem e sentirem-se pior”, explicou o reumatologista em declarações à Lusa.Ainda assim, os especialistas consideram que há certos aspectos que os consumidores devem ter em conta quando compram um colchão. “Compre um colchão duro, experimente para que não seja excessivo e se sinta confortável e faça uma compra cuja relação qualidade preço seja adequada, para não estar a comprar marcas”, aconselhou Francisco Sampaio.“Não é ideal ter um colchão muito mole, que não acompanhe a curvatura do corpo. Um bom colchão não deve ser muito duro, mas deve ser firme, devemos sentir o colchão”, sublinhou também Jaime Branco.Também as funcionárias das lojas de colchões aconselham aos seus clientes colchões firmes, mas confortáveis. “A firmeza impede que o corpo afunde e a coluna adopte curvaturas anormais, no entanto o colchão deve ceder de modo a acomodar confortavelmente os contornos anatómicos do corpo e garantir o relaxamento dos músculos”, explicou a directora comercial da Colunex, Carla Moura.Rita Almeida, funcionária de uma loja Pikolin, afirmou à Lusa que os colchões “mais vendidos são os topo de gama do sector ortopédico”, porque as pessoas se queixam frequentemente de dores nas costas.No entanto, Francisco Sampaio sublinhou que os “colchões ortopédicos são uma designação comercial que entrou no uso comum e não quer dizer nada em termos médicos”, explicando que essa terminologia está apenas relacionada com o facto de os colchões serem “duros e permitirem que a coluna repouse na posição horizontal”.Para os especialistas, é unânime que o colchão não é o elemento fundamental para dormir bem, salientando que um bom ambiente do quarto e uma temperatura agradável também contribuem para um sono repousante.Nos últimos anos, a oferta e a diversidade de colchões tem vindo a aumentar e, actualmente, os colchões são agrupados segundo uma caracterização semelhante: os de molas, de espuma, de látex, de água, magnéticos, de viscoelástico, entre outros.Em média, um adulto dorme entre sete e oito horas por dia e nos próximos 10 anos passará cerca de três a dormir.

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