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Uma estação que é um verdadeiro museu

O presidente da câmara do Entroncamento não deve estar apenas preocupado com o tal parque de estacionamento junto à estação de caminho de ferro que a Refer não parece interessada em fazer. Ele deve estar preocupado com toda a estação e com o transporte ferroviário a partir da cidade. A estação do Entroncamento é um autêntico museu. Nem percebo muito bem porque andam a gastar tanto dinheiro na construção do Museu Nacional Ferroviário. Basta aproveitarem a estação e meterem lá umas locomotivas antigas. O resto já lá está.Não há passagens desniveladas que permitam uma travessia em segurança. Não há quadros electrónicos com indicações para os passageiros. A única máquina de venda de bilhetes está sempre avariada talvez para que os passageiros percebam, ao contactar com os funcionários das bilheteiras, como são indesejados. A instalação sonora torna-se inútil quando estão máquinas diesel a funcionar na zona de embarque de passageiros. E elas chegam a estar lá às meias horas consecutivas a dar-nos cabo dos nervos e dos ouvidos.E há os passes. Assinaturas mensais chamam-lhe eles. Do Entroncamento para Lisboa são 163 euros. Isso mesmo, cento e sessenta e três euros. A viagem demora uma hora e vinte minutos. No mundo actual as distâncias são medidas em tempo. A CP ainda usa os quilómetros. Na periferia de Lisboa um qualquer passageiro que demore uma hora e vinte minutos para chegar ao centro da cidade paga metade do que paga uma pessoa do Entroncamento por uma viagem com duração idêntica. O objectivo é simples. Despovoar o interior. Fazer as pessoas deslocarem-se para mais perto de Lisboa. Graça F. Fernandes

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