Os nadadores portugueses Miguel Arrobas e Nuno Vicente concluíram domingo “um óptimo teste” para a travessia do Canal da Mancha, depois de percorrerem 21 quilómetros entre a estalagem do Lago Azul e a barragem do Castelo de Bode.    A segunda etapa da aventura entre a estalagem do Lago Azul e Castelo de Bode, em Tomar, foi concluída por Miguel Arrobas, da Associação de Nadadores dos Estoris, em 5h41 horas e por Nuno Vicente, do Clube de Natação de Torres Novas, em 5h48.“Foi bom, foi um óptimo teste. Fizemos hoje 21 quilómetros até tocar na parede da barragem, o que foi uma novidade”, disse Miguel Arrobas à Agência Lusa, realçando a dificuldade observada pelo “vento contra e a temperatura da água inconstante”. Também Nuno Vicente, que terminou a etapa de sábado com dores no ombro esquerdo, considerou esta travessia como um “teste bastante importante”. “Alterei um pouco a técnica de nado, acabei por sacrificar o ombro oposto e fazer movimentos de pernas mais fortes”, explicou o nadador do CN Torres Novas, destacando a necessidade de ambos realizarem “muitos treinos em água salgada” até à travessia do Canal da Mancha.    No final das duas etapas da travessia entre barragens, Miguel Arrobas gastou 13h22 horas para nadar os 54 quilómetros, enquanto Nuno Vicente demorou 13h44.    Antes da “aventura” do Canal da Mancha, marcada para Agosto, em que percorrerão “em separado” os 32 quilómetros entre as costas da Inglaterra e França, os nadadores vão realizar a travessia ente a ilha de Farelhões e Peniche.    A travessia do Canal da Mancha é considerada a prova rainha mundial da natação de águas abertas, por ser um percurso longo, com correntes fortes e temperaturas baixas. Até hoje, Baptista Pereira, em 1954 e 1959, foi o único português a conseguir o feito.