Poder político ignora potencial do turismo rural
Portugal tem menos de mil casas de turismo rural, sem que estejam classificadas de forma a que o turista saiba o que vai encontrar, porque “falta estratégia” para o sector, criticou a Associação Portuguesa de Turismo no Espaço Rural (Privetur). A crítica foi feita terça-feira pela presidente da associação, Celina Godinho, que acusa o poder político de confundir a pequena dimensão das unidades de alojamento, com o seu potencial de retorno, “que é bem maior”.Segundo a presidente da Privetur, “não há razão para que não se desenvolva o turismo rural, cujo potencial não tem tido uma avaliação política correcta por parte de sucessivos governos”. “Há muita dificuldade, ao nível governamental, em perceber o que é o turismo rural e confunde-se o facto de se tratar de pequenas unidades, com o seu potencial de retorno”, criticou.Celina Godinho salientou que, enquanto Portugal tem menos de mil unidades de turismo rural, a Áustria, com uma dimensão semelhante de território e de população, tem 60 mil. A responsável considera que, com facilidade, o turismo rural pode, em 10 anos, passar dos actuais 0,02 por cento da receita do turismo nacional para os cinco por cento. “Basta que haja a vontade política que não tem havido ao longo dos 20 anos em que a nossa associação já existe, salvo o entusiasmo inicial”, comentou.
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