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Sousa Gomes acusa vereador de fazer queixas anónimas a pedir a sua perda de mandato

Sousa Gomes acusa vereador de fazer queixas anónimas a pedir a sua perda de mandato

O presidente da Câmara de Almeirim acusa o vereador independente eleito pelo PS, Francisco Maurício, com o qual se incompatibilizou, de ser o autor de denúncias anónimas para o Tribunal Administrativo de Leiria visando a sua perda de mandato. O vereador divulgou o conteúdo de um cartão que lhe foi enviado do gabinete do presidente, manuscrito por Sousa Gomes, juntamente com os documentos para a reunião do executivo de 31 de Março e cópias de duas queixas - uma subscrita pelo vereador e outra anónima - no qual aconselha o vereador a “mandar esta última queixa também assinada para que não perca força e relação a algumas anteriores. Assinadas não se descredibilizam”. Sousa Gomes (PS), em declarações a O MIRANTE, diz que tomou esta atitude porque a queixa anónima versa os mesmos assuntos que aquela que foi apresentada pelo vereador. Questionado se o envio do cartão é uma provocação, o presidente retorquiu que “também tem direito a essa provocação”. E acrescenta que “se não foi ele foi alguém por ele” e que só a partir do momento em que o vereador se demitiu de todos os cargos na autarquia (14 de Novembro de 2006) é que começaram a aparecer queixas anónimas. Sousa Gomes esclarece que a resposta que tem dado ao tribunal consiste no envio das actas das reuniões de executivo e que estas acções têm “a intenção de descredibilizar a acção do presidente”. Francisco Maurício assume que solicitou ao Tribunal Administrativo de Leiria, no dia 21 de Janeiro passado, queixa para perda de mandato. Facto de que não deu conhecimento ao presidente. Na queixa diz-se que Sousa Gomes tem vindo a praticar a violação de diversas normas legais que põem em causa o regular funcionamento do órgão autárquico. E exemplifica dizendo que o edil não cumpre os prazos de resposta a requerimentos e que se recusa a prestar as informações necessárias. Francisco Maurício invoca também a violação do seu correio electrónico no caso em que Sousa Gomes divulgou mensagens de e-mail trocadas entre o vereador e outra pessoa que apelidam o presidente de “filho da p…”. No entanto o vereador garante que não enviou nenhum documento anónimo referindo que, “ao contrário de muitos dos nossos munícipes que temem as suas represálias, eu não tenho medo (do presidente), nem do seu gabinete, nem dos seus acólitos”. Contudo admite que a queixa anónima contém trechos da que apresentou, “mas quanto a isso só posso lamentar a falta de originalidade, de coragem e até de algum rigor de quem o fez”. Nesta guerra de processos o presidente do município apresentou queixa na Polícia Judiciária contra o vereador solicitando que se investigue se este usou indevidamente os meios da câmara, nomeadamente no envio e recebimento de e-mails pessoais no computador da autarquia.
Sousa Gomes acusa vereador de fazer queixas anónimas a pedir a sua perda de mandato

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