uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

André Redol

31 anos, mecânico de locomotivas, Golegã

“Hoje ninguém quer fazer sacrifícios e os casais nada fazem para se entenderem. Penso que antes de casar deviam pensar duas vezes, porque depois vêm os filhos e com a separação são eles que sofrem mais”

O que é que significa para si a revolução do 25 de Abril?Já nasci depois da revolução, mas por aquilo que tenho lido, e pelos comentários dos meus pais e de outras pessoas, digo que para mim a revolução significa sobretudo liberdade. Liberdade que infelizmente é muitas vezes ultrapassada, porque há muita gente que confunde liberdade com falta de respeito.Já teve alguma situação na vida em que diga que o 25 de Abril foi determinante?Para mim não. Mas já tenho ouvido pessoas a falar e fico a pensar que se fosse antes do 25 de Abril a pessoa ia logo presa. A importância maior da revolução foi precisamente a liberdade de expressão.Os crimes violentos têm tido maior visibilidade. O país está mais inseguro?Não tenho dúvida que sim, existe em todos nós um grande sentimento de insegurança. O facto de tirarem cada vez mais espaço de manobra às autoridades é uma prova disso. Deviam dar mais força à GNR e à PSP, em vez de os castigarem quando têm que usar uma arma.O que é que a Golegã tem de bom para oferecer?Para visitar temos muita coisa. Os museus, o Ecuupolis, os espaços ajardinados e a natureza. Para viver temos sobretudo o sossego. A Golegã está realmente muito mais agradável e bonita e merece uma visita.O divórcio é já uma coisa banal?É. Infelizmente hoje ninguém quer fazer sacrifícios e os casais nada fazem para se entenderem. Penso que antes de casar deviam pensar duas vezes, porque depois vêm os filhos e com a separação são eles que sofrem mais.O que é que o irrita mais?É ter que me levantar de manhã para trabalhar (risos). Mas sobretudo a inveja, a deslealdade e a desonestidade.As câmaras municipais defendem efectivamente os munícipes?O que se vê no dia a dia é a defesa dos seus interesses e interesses dos amigos, às vezes à custa de situações muito pouco claras.Já se imaginou a ocupar um cargo político?Não, nem pensar. A política a mim não me diz nada. Só vejo a política e os políticos pela negativa. Todos nos vêm meter a mão no bolso. Há muita coisa que me revolta na política.Ao longo da sua vida tem ou já teve algum vício?Tal como as extravagâncias, não sou um indivíduo de vícios. Os maus hábitos, especialmente aqueles que fazem mal à saúde, nunca se apegaram a mim.Os professores têm razão para se manifestar?Penso que sim. Porque na minha opinião não há nenhuma regra que deva mudar a meio do jogo e pelo que me parece é isso que está a acontecer. E isso causa desconfiança e incerteza entre a classe.Os blogues são instrumentos para alimentar o ego dos seus autores?Penso que não. Há blogues que são muito bons instrumentos de trabalho, ajudam-nos muito em certas pesquisas.Porque é que há tantos mortos nas estradas portuguesas?Devido à falta de consciência e falta de civismo dos portugueses. A má formação da sociedade é evidente nas estradas.

Mais Notícias

    A carregar...