Alguma vez viveu uma catástrofe natural?Nos anos 60, com quando tinha perto de dez anos, houve um grande tremor de terra que apanhou toda a Península Ibérica. Lembro-me de viver em Vila Chã de Ourique e sentir a casa a abanar. Toda a gente foi para a rua que era o local mais seguro, porque o meu pai nos mandou sair de casa.Lembra-se de casos de violência escolar no seu tempo de aluna?Nunca presenciei casos de violência na escola, no colégio e no liceu. As pessoas respeitavam os professores e os professores respeitavam os alunos. Era um ensino mais rígido e apertado mas não prejudicava. Passa tudo por uma questão de educação, não é uma questão de política nem de polícia. Os professores devem complementar a educação que os pais dão aos filhos. Quando vai ao cinema prefere comédia, terror ou romance?Detesto terror e gosto mais de filmes históricos. Como o Ben Hur, por exemplo. É daqueles filmes que ganharam vários Óscares e que ficam para a vida. Onde é que estava no 25 de Abril de 1974?Vivi-o em Santarém, no liceu. Os militares estavam a controlar as ruas e lembro-me de na altura o reitor do liceu ter dito para fechar os portões porque era perigoso. Tinha ordens do Ministério. Mas começámos todos a saltar o muro para nos irmos embora. Lê a informação nutricional dos produtos que compra?Às vezes leio para controlar um bocadinho o meu peso, que a partir dos 50 anos há sempre uma tendência maior para engordar. Vejo o número de calorias de um pouco de tudo.E alinha em dietas antes do Verão?Não costumo. Geralmente faço uma dieta onde tento controlar alimentação e comer coisas que não me façam muito mal, durante todo o ano. Não enveredo por dietas rápidas que às vezes fazem engordar o dobro.O Cartaxo tem qualidade de vida?Acho que sim. Se calhar pode-se investir mais em parques industriais para criar mais postos de trabalho. De resto e de maneira geral corresponde aos meus gostos. Tem cinema, espaços para fazer jogging, as piscinas. Acho que está bem servido. Gostava de um dia assumir um cargo político no concelho?Todos nós devemos dar um pouco de nós na parte social e na política. Já tenho tido alguns convites para isso só que tenho muito trabalho na minha profissão. Se me conseguir reformar um bocado mais nova ainda posso pensar no assunto. Talvez numa junta de freguesia. Quando foi a última vez que foi ao teatro?Ao cinema vou muito, mas ao teatro não tanto. Às vezes vejo operetas da Antologia da Zarzuela quando vou a Espanha, à terra da minha mãe. Teatro há muito tempo que não vejo.O que mais gosta de fazer nos seus tempos-livres?Tenho poucos tempos livres mas quando estou de férias gosto de viajar. Gostei muito de Paris, uma cidade lindíssima. Já visitei algumas capitais da Europa. É uma forma de me desligar na minha realidade, de não estar parada e de ver e aprender com aquilo que é diferente do que tenho.