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Edifícios mais amigos do ambiente são exigência do mercado

O bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, defende que o caminho do sector da construção passa por “edifícios mais amigos do ambiente”, uma questão que é cada vez mais exigida pelo mercado. “Isso é uma exigência cada vez maior dos compradores”, que querem casas melhor construídas e com menos custos energéticos, explicou Fernando Santo, que esteve numa conferência em Porto de Mós sobre Construção Sustentável.E tem sido mais esta pressão do mercado a forçar os construtores a mudarem de estratégia do que quaisquer inovações legislativas. “Um dos erros tem sido insistir na legislação e não na mudança do mercado”, até porque em muitos sectores políticos há o peso dos ambientalistas, mas sem que essas preocupações se reflictam na aquisição, defendeu Fernando Santo. “O ambiente está nas mãos de um lóbi que tem também interesses nessas tecnologias” ambientalmente seguras, mas que não está disponível para “soluções de compromisso” com os empresários, acrescentou.A presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia, Helena Freitas, recordou que cada vez mais pessoas vivem em meios urbanos, uma situação que deve forçar os políticos a repensarem o ordenamento do território. Esta investigadora propõe mesmo uma “visão holística” do desenvolvimento sustentável que incorpore todas as variáveis, desde os custos ambientais às necessidades do mercado.Já o docente do Instituto Politécnico de Leiria Paulo Gata Amaral apelou aos construtores para optarem por soluções ambientalmente correctas na construção das casas, investindo um pouco mais nos projectos. Esse investimento inicial, na ordem dos cinco a dez por cento, terá depois um “elevado retorno” ao nível das poupanças energéticas.A utilização do sol como fonte de calor e ventilação ou a boa implantação das casas são condições essenciais para a sua poupança energética, salientou este investigador universitário. O custo energético das casas atinge na Europa valores na ordem dos 40 por cento do total consumido, constituindo o “principal sector responsável pela emissão de gases com efeito de estufa”, alertou Paulo Gata Amaral.

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