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Empresas de restauração ameaçam suspender pagamento electrónico

A Associação da Restauração e Similares de Portugal (ARESP), anunciou que as empresas do sector ameaçam suspender os pagamentos electrónicos, devido à discrepância dos impostos e taxas exercidas em Portugal, face a outros países europeus. A Associação que representa a restauração em Portugal continua à espera da resposta do conselho da Autoridade da Concorrência, relativamente à queixa apresentada contra os principais operadores dos meios de pagamentos electrónicos, cartões de débito e crédito, por considerar existir abuso da posição dominante no mercado.Em declarações à Agência Lusa, o secretário-geral da ARESP, Mário Pereira Gonçalves, disse que “as taxas aplicadas pelos intermediários dos meios de pagamentos de crédito e débito são muitas vezes superiores às margens de lucro dos empresários do sector de restauração e bebidas”. As empresas do sector estão a ficar “impacientes e ameaçam suspender a aceitação de pagamentos com cartões”, refere Mário Pereira Gonçalves. Em Portugal, a SIBS é o principal gestor de redes de meios de pagamento automático e a Unicre o principal emissor e gestor de cartões de débito e crédito.Segundo o secretário-geral, “os empresários do ramo da restauração estão a sofrer uma forte concorrência, principalmente vinda de Espanha, em que o valor das taxas corresponde a metade das exercidas em Portugal, o que faz com que os empresários portugueses estejam a perder dinheiro”. As taxas pagas pelas transacções a crédito para pequenas empresas em Portugal, em 2007, foram de 2,5 por cento, e, em Espanha de 1,3 por cento.No início de Janeiro, a ARESP solicitou a intervenção do primeiro-ministro para “pôr cobro às práticas de intransigência” dos intermediários dos meios de pagamento electrónicos de crédito e de débito, pois “está em risco a competitividade nacional e a sobrevivência das empresas do sector”. O sector contactou, inclusive, a banca espanhola para analisar a possibilidade das instituições financeiras daquele país passarem a gerir os meios de pagamento electrónico, como cartões Multibanco e de crédito, em Portugal.

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