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Canoagem de Alfange com ordem de despejo por motivos de segurança

Canoagem de Alfange com ordem de despejo por motivos de segurança

Entusiasta da modalidade não tem local alternativo para colocar material

Associação recreativa daquele bairro de Santarém tem informação da câmara a determinar evacuação do edifício por questões de segurança.

Um adepto da canoagem que está radicado há 27 anos no bairro de Alfange, Santarém, com diversos equipamentos para a prática da modalidade e de ginásio, recebeu ordem para sair das instalações que ocupa. A Associação Recreativa de Alfange (ARA), proprietária do imóvel da antiga fábrica de sabão, deu a Carlos Vasques um prazo de 30 dias para pegar no material e sair. Data limite que foi ultrapassada dia 15 de Maio sem que o despejo se concretizasse.Carlos Vasques tem tomado conta de uma sala do edifício há 27 anos. Admite que não paga renda mas também não tira proveitos da utilização do espaço. Disponibiliza canoas e pagaias aos praticantes que ali se deslocam, sejam de Alfange, da Ribeira de Santarém ou da cidade. “Tivemos competidores federados da Ribeira, pessoal que vinha da Tapada. Fui atleta de selecção nacional, corri pelo Centro Amador de Desporto e Cultura de Almeirim (CADCA) e nunca houve problemas aqui”, recorda. E critica os responsáveis da associação, que lhe colocaram a carta “por debaixo da porta para ir levantar aos correios” a ordenar a sua saída, “sem qualquer satisfação”. O presidente da ARA, Fernando Fernandes, adianta que houve razões para essa decisão. “Depois de uma derrocada que houve numa zona traseira da antiga fábrica solicitámos uma vistoria à Câmara de Santarém. Recebemos o resultado da vistoria em que nos deram 30 dias para notificar quem lá habitava ou tinha armazéns para sair”, explica o presidente da ARA.O curioso é que apesar das diferenças entre as partes, nunca houve qualquer diálogo. “Nunca aqui passaram, nem disseram nada. Pedimos um espaço no mesmo edifício para termos melhores condições e nunca recebemos resposta. Há dois anos que não temos água nem luz porque cortaram ambas a outras pessoas que tinham armazéns mais atrás”, acusa Carlos Vasques. Lembra que numa reunião pública no bairro, há sete meses, a Junta de Marvila se comprometeu a encontrar um espaço alternativo.Fernando Fernandes refere que o diálogo agora também não se justifica. “Não quero prejudicar ninguém mas também não faço promessas, porque a associação não tem dinheiro nem espaços adequados. Não fazemos milagres”, explica. A própria associação também apenas faz uso de instalações por cima da sala da canoagem, que serve como sede e onde recebe correspondência. O dirigente mostra-se pouco motivado para continuar a liderar a direcção da ARA após pouco mais de um ano de mandato. As últimas organizações foram em 2007- o 25 de Abril, as Festas de Alfange, em Setembro, e o Natal.
Canoagem de Alfange com ordem de despejo por motivos de segurança

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