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Nacionais de autocross e carcross levantam poeira na pista de Mação

Nacionais de autocross e carcross levantam poeira na pista de Mação

Provas contaram com participação de diversos pilotos da região

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O ecoar dos motores e uma nuvem de pó espessa sobre a vila de Mação anunciavam a primeira passagem do ano da caravana do Nacional de Autocross pela pista da Boa Vista. No total a prova contou com cerca de cinco dezenas de pilotos inscritos, entre eles quatro pilotos da terra que fazem já daquela modalidade o seu desporto de eleição. É o caso de Alexandre Durão, vice-campeão da modalidade de Crosscar. O jovem de Mação, 21 anos, tem já alguma dificuldade em contabilizar as suas vitórias. Foi ainda em criança, e com alguma dificuldade em chegar aos pedais, que Alexandre experimentou pela primeira vez um carro de carcross. Talvez tenha sido amor à primeira vista porque, desde esse dia, o piloto nunca mais largou os treinos e foi com muita ansiedade que esperou completar os 16 anos para finalmente se lançar nas provas federadas. “Já tinha carro mas ainda não podia competir nas provas organizadas pela federação portuguesa de automobilismo”, observa. Mal completou os dezasseis anos, Alexandre Durão começou a participar em todas as provas e a dar nas vistas. Hoje recorda alguns dos momentos que classifica como “simplesmente espectaculares”. Entre esses momentos aponta a vitória em casa. “É delirante”, descreve. Para este ano descarta a hipótese de ser campeão. “Já é muito difícil, estou em segundo lugar”. As habilidades em pista do jovem são já motivo de algum mediatismo. “Sei que não passo despercebido, apenas isso”, explica.Por ano o piloto percorre cerca de oito provas do campeonato, o que significa um grande investimento. A Câmara Municipal de Mação e algumas empresas locais oferecem algum apoio ao piloto, mas não são suficientes. O hobbie pesa sobretudo no bolso do pai. “Tenho a sorte de ter uns pais aficionados pelo desporto automóvel. O meu pai participou em alguns ralis e desde criança, graças a eles, que ganhei o gosto”. E não se pense que basta ter um bom carro. Na opinião do piloto tem de se nascer para o desporto. “Não basta ter um bom carro ou uma boa equipa. É preciso ter-se personalidade”, conclui. Um piloto que montae desmonta o seu carroA passagem dos campeonatos nacionais de autocross e crosscar pela pista de Mação tem feito com que cada vez mais jovens do concelho e arredores ousem inscrever-se na competição. Pedro Morgado, natural do Pego, concelho de Abrantes, concorreu este ano pela primeira vez no Campeonato Nacional de Crosscar, uma das modalidades com mais participantes. O pódio não é para já a ambição do corredor, ainda inexperiente. A camaradagem e o apoio dos amigos são fulcrais para o iniciado, assim como o gosto que contempla pelo mundo automóvel, uma paixão que sempre lhe correu nas veias. Ainda em adolescente participou em várias provas nacionais de karting e há bem pouco tempo no Troféu de Arraiolos, na modalidade de Todo-o-Terreno. A terminar a licenciatura de Engenharia Mecânica, Pedro Morgado “monta e desmonta” os carros em que participa. “Passo todo o tempo que posso na oficina do meu pai”, refere. O carro em que corre foi todo ele concebido pelo próprio o que lhe dá a segurança necessária para percorrer sem medos as curvas da pista considerada pelos profissionais “bastante técnica”. O balanço que o jovem faz desta sua estreia é positiva e algo para repetir. O único senão diz serem os preços a que se têm de sujeitar para participar. “É muito caro para nós, pilotos sem patrocínios, participarmos nestas provas. Por parte da organização não há grande apoio”, salienta.
Nacionais de autocross e carcross levantam poeira na pista de Mação

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