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Aproximar a população do Tejo

Muitos municípios apostam em determinados temas como forma de divulgação. A Golegã tem o cavalo, o Cartaxo com o vinho. Em Azambuja isso não está claro.Temos pensado nessa situação, o que nos levou a desenvolver uma campanha de divulgação do concelho. Mas o que acontece é que na realidade não temos um tema específico. Ao longo de séculos que o Cartaxo está ligado ao vinho e a Golegã ao cavalo… Por outro lado temos polivalência. Muitos factores de atracção e é essa a aposta para atrair investimentos. Desde logo as acessibilidades, a qualidade ambiental que preservamos e o Tejo. A margem ribeirinha está um pouco descurada…Não diria um pouco, diria totalmente descurada. Mas temos projectos há imenso tempo. Os concelhos que recuperaram a margem ribeirinha com projectos interessantes têm o rio a passar perto da malha urbana. Salvaterra de Magos, Barquinha, Vila Franca de Xira, Abrantes. Não é o caso de Azambuja. O rio Tejo passa a três quatro quilómetros da malha urbana. Também não é porque um município faz uma marina fluvial que todos têm que fazer o mesmo….Mas existe um projecto de intervenção para a zona.Temos um projecto há vários anos, do tempo em que era presidente Carlos Alberto Oliveira, que envolve o aproveitamento da zona desde a Vala do Esteiro até à Vala Real englobando o Palácio das Obras Novas. É um projecto muito ambicioso e muito caro e foi a este que o presidente da CCDRLVT (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo) se referiu da última vez que veio à Azambuja. A jurisdição da zona é exactamente da CCDR e do Instituto da Água. O senhor presidente da CCDR mais não fez que dar acolhimento a uma proposta com que ando insistindo há anos. Podemos lançar as obras e fiscalizá-las, mas não arranjar 10 milhões de euros do orçamento da câmara para fazer a intervenção.Tem-se batido pela recuperação do palácio…Acho que devemos dar tanta importância ao património construído como ao património natural. Tão ou mais grave que a situação do palácio é a situação da vala real e da alameda das palmeiras. O palácio das obras novas está a cair e a alameda das palmeiras também. A vala real está a fazer um efeito de erosão. E qualquer dia deixamos de ter alameda. O projecto envolve também a consolidação e limpeza da vala real em toda a zona desde a ponte até à desembocadura do Tejo. E no que diz respeito à praia do Tejo?No âmbito da CULT (Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo) estamos a fazer um projecto com a Câmara do Cartaxo para candidatarmos ao QREN. Prevê a recuperação da Praia do Tejo e do dique até valada com construção de ciclovia. O projecto inclui intervenções que irão permitir o trânsito de pessoas em passadeiras de madeira entre as diferentes ilhotas que integram a praia do Tejo e que estão neste momento inacessíveis.Esperamos ter possibilidade de o concretizar. Todas estas zonas são geridas por instituições do Ministério do Ambiente que são de um fundamentalismo muito grande. Acham que é melhor deixar estar estragado que recuperar. No Tejo coloca-se também a questão da perigosidade. Mas a vida tem coisas perigosas… E os serviços públicos devem minimizar os perigos, mas não podem tirar de lá o Rio Tejo para as pessoas não correrem riscos. Obviamente que o projecto respeitará todas as normas de segurança e todos os avisos de comportamento.

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