Um brasileiro que pinta as tradições ribatejanas
Cejomário Coimbra chegou há um ano e meio à Azambuja para trabalhar num atelier de pintura gerido por quatro irmãos e já produz quadros típicos ribatejanos, onde o touro tem especial destaque. “Começou com uma encomenda que nos fez perceber que era possível pintar quadros da terra e vender, podia dar certo”, afirma o pinto brasileiro. Cejomário dedicou dois meses a pesquisar, com a ajuda de um especialista de um jornal local, o universo taurino. “Percebi que o touro é um bicho inteligente, astuto e ajudou-me a ter uma noção do olhar e do movimento do touro. Pesquisei muitas revistas e depois fui pesquisar a vida dos forcados”, explica.O artista de 35 anos assume que deixa alguns “toques brasileiros” nos quadros, porque brinca com as cores. Momento mais complicado viveu na Feira de Maio do ano passado, altura em que um dos seus quadros expostos na rua mostrava um homem nu, com um único corno, em agonia na rua enquanto os touros, por trás das protecções de madeira, se riam dele. Chegou a ser abordado por alguns aficionados que ameaçavam destruir o quadro. “A minha intenção não era criticar nenhuma tradição, era só uma manifestação artística, mas isso foi muito difícil de transmitir”, afirmou.
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