Os ecopontos e as ruas íngremes
Um dia destes, em Santarém, descendo a calçada da Atamarma a pé, a caminho da Ribeira de Santarém, vi uma senhora de idade despejar um saco de garrafas no contentor do lixo. Pensei comigo mesmo que assim nunca mais lá vamos em matéria de reciclagem mas olhando em volta para ver qual era a alternativa acabei por concluir que o problema não é simples. E ri-me sozinho quando vi que o ecoponto com recipientes para papel, vidro, plástico e pilhas se encontra uns cinquenta metros mais abaixo já na rua Lourenço de Almeida. A tal senhora, para cumprir o seu dever cívico de colaborar com a reciclagem, teria que carregar o saco até esse local, o que não seria muito difícil, provavelmente, mas depois teria que trepar calçada acima – e sabe Deus como ela é íngreme –o que já deve ser complicado para a sua idade. Claro que não pode haver ecopontos ao pé de cada porta e a calçada está bem servida de contentores para o lixo – isso vi eu. Mas os planeadores da colocação de equipamentos se não conhecerem o terreno vão continuar a insistir nas tais médias que não dizem nada, de tantos ecopontos por habitante.Paulo C. Cruz
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