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Objectivo inicial das rádios locais foi desvirtuado

Este assunto das rádios locais e de as mesmas não servirem da melhor maneira as populações a quem são dirigidas, dá pano para mangas. O problema não é apenas da rádio xis ou ípsilon. É de quase todas. O objectivo inicial foi desvirtuado. Na génese a ideia era suprir as carências de informação local. As rádios locais cumpriam uma nobre missão de serviço público. Acontece que o caminho seguido não foi o melhor. Para ganharem os concursos os candidatos às frequências apresentaram cadernos de encargos utópicos. Emissões de 24 sobre 24 horas, noticiários de hora a hora, etc, etc. Tudo isto seria possível se em Portugal existissem regiões e as rádios fossem regionais. Assim teriam dimensão e poderiam gerar receitas para contratar jornalistas e animadores. Mas a lei limitava a potência e atribuiu frequências concelho a concelho. O que aconteceu foi que não houve suporte económico. Limitadas aos seus concelhos foram poucas as que conseguiram auto sustentar-se e cumprir o objectivo que se propunham. Estavam condenadas à partida. Era como se O MIRANTE só tivesse autorização para se editar no concelho da Chamusca onde nasceu. Nunca teria chegado onde chegou. Mas pior que isso. Enquanto O MIRANTE, continuando com o mesmo exemplo, manteve a sua linha que era ser um jornal regional, houve rádios que tentaram copiar as rádios nacionais, apresentando o mesmo tipo de programação, principalmente a nível musical e deixando de ter notícias locais por não terem dinheiro para sustentar as suas próprias redacções, limitando-se a ler notas de imprensa das câmaras ou a ler notícias requentadas dos jornais. Foi pior a emenda que o soneto. O panorama é aquele que se...ouve. Confrangedor!António J. Almeida Freitas

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